Maioria dos seniores portugueses tem cuidados com a sua saúde e bem-estar
Para se manter saudável, a geração `silver´ tem cuidado com a sua alimentação e vai regularmente ao médico. No entanto, apenas 12,5% visitam mensalmente o seu centro de saúde. Quase metade dos seniores portugueses fazem exercício físico regularmente. No entanto, entre os inquiridos é menos comum cuidarem da sua saúde emocional, manterem-se informados sobre as tendências de saúde e dedicarem tempo a meditar ,embora um em cada três diga que o faz regularmente. Sobre as principais barreiras aos cuidados de saúde, 32,4% assegura que o seu estado físico o impede de se exercitar regularmente. Além disso, 13% considera que as condições financeiras são uma barreira quando se trata de cuidar da sua alimentação e 15% de ir ao médico regularmente.
Estas são apenas algumas das conclusões do I Barómetro do Consumidor Sénior em Portugal, apresentado ontem pela Fundação MAPFRE em Lisboa, num evento que contou com a presença do Secretário de estado do Tesouro, João Nuno Mendes. Esta é primeira vez que é estudado o comportamento dos consumidores seniores (mais de 55 anos) no nosso país, através do Centro de Investigação Ageingnomics, criado em 2020 em Espanha pela Fundação MAPFRE, onde também já desenvolveu vários estudos sobre este público, nomeadamente regionais. Portugal é o primeiro país no estrangeiro onde a Fundação MAPFRE promove esta análise.
Perto de 40% da população portuguesa tem mais de 55 anos: são mais de 3,8 milhões de pessoas numa população de 10 milhões de habitantes, o que coloca enormes desafios a empresas, instituições e marcas.
“O envelhecimento da população, resultado do aumento contínuo da longevidade e da redução acelerada das taxas de natalidade, tornou-se um fenómeno global”, considera Antonio Huertas, Presidente da Fundação MAPFRE, que acrescenta: “Os desequilíbrios que este fenómeno demográfico pode gerar nos sistemas de pensões, saúde e cuidados prolongados, bem como na disponibilidade de recursos laborais, favoreceram a generalização de uma visão negativa sobre aquele que é uma das grandes conquistas da humanidade: o aumento da esperança de vida”.
Desenvolvido em agosto de 2022, o estudo teve como base 1100 entrevistas a pessoas com 55 anos ou mais a viver em Portugal, tendo contado com a ajuda da Google na definição do público-alvo.