Menos de metade abordaram a vacinação com os seus utentes no mês passado

Profissionais de saúde são críticos na melhoria das taxas de vacinação da população adulta

De acordo com um estudo agora divulgado, os profissionais de saúde continuam a ser a fonte em que a população adulta mais confia para obter informações sobre vacinação.

Os resultados de um estudo de mercado da consultora Kantar, com o apoio da GSK, informam sobre comportamentos e atitudes em relação à saúde e bem-estar entre pessoas com 50 anos ou mais e o papel crucial dos profissionais de saúde no processo de tomada de decisões sobre vacinas.

O estudo mostrou que, em geral, a população adulta está atenta e preocupada com a sua saúde, vendo os profissionais de saúde como aliados. A maioria dos inquiridos faz as suas consultas de avaliação de rotina, procuram e confiam nos conselhos dos profissionais de saúde acima de outras fontes. No estudo de 2021, foi relatado que os profissionais de saúde eram a fonte de informação de confiança mais importante sobre vacinas e, apesar de uma ligeira diminuição em 2022, os profissionais de saúde continuam a ser a fonte número um, na qual a população inquirida mais confia.

No entanto, o estudo deste ano mostra, também, um desalinhamento entre adultos e profissionais de saúde quando se trata de fontes de informação e aconselhamento relativamente à vacinação.

Ambos os grupos concordam na proteção pessoal como principal motivador para fazer as vacinas, no entano, apenas 44% relataram ter abordado a vacinação com os seus utentes com 50 anos ou mais no mês passado.

Os adultos estão à procura de mais apoio e orientação e os profissionais de saúde podem estar a subestimar a importância do seu próprio papel. Contudo, os profissionais de saúde envolvidos neste estudo indicaram uma barreira importante que pode estar a criar dificuldades: a falta de tempo para que estas conversas aconteçam durante a consulta.

Dos inquiridos, 65% dos profissionais de saúde concordam, "A falta de tempo numa consulta impede-me de discutir proactivamente sobre vacinas com os meus doentes adultos". Sem tempo adequado, os profissionais de saúde são incapazes de fornecer a orientação que os seus doentes procuram, e uma grande minoria de pessoas - particularmente mulheres na casa dos 50 - dizem querer saber mais acerca das vacinas recomendadas e porquê. Isto conduz potencialmente a vacinas não administradas, mais doenças e, portanto, mais consultas no médico, um ciclo vicioso que a melhoria das taxas de vacinação pode ajudar a quebrar.

Embora os profissionais de saúde reconheçam o impacto positivo da vacinação (ex: prevenção das consequências da infeção a longo, imunidade de grupo e controlo de surtos de doenças), muito poucos estão conscientes dos benefícios que as vacinas podem ter na sua carga de trabalho e, portanto, no seu tempo. Ao ajudar a prevenir as infeções que levam a consultas com profissionais de saúde, a vacinação pode ajudar a quebrar o ciclo, libertando tempo para mais discussões sobre vacinas, o que, por sua vez, levará ao aumento das taxas de vacinação - um ciclo virtuoso e um passo crítico para alcançar comunidades mais saudáveis.

"As pessoas estão a viver mais tempo e estão a descobrir que podem realizar mais coisas, especialmente quando beneficiam de um bom estado de saúde. Este estudo revela que a contribuição da vacinação para um bom estado de saúde é geralmente bem compreendida, tanto pelos profissionais de saúde, como pelos seus utentes adultos. Apesar disso, infelizmente, além das vacinas iniciais da covid-19, as taxas de vacinação de adultos permanecem cronicamente baixas. É necessário melhorar o diálogo sobre quais as vacinas necessárias e por que razão poderiam ajudar, a par de outros hábitos saudáveis, a uma vida mais longa e saudável. Por sua vez, a redução do impacto dos surtos de doenças evitáveis por vacinação nos nossos sistemas de saúde pode, também, ajudar a libertar tempo para que as conversas sobre vacinas tenham lugar", defende Piyali Mukherjee, VP, Chefe dos Assuntos Médicos Globais da GSK Vacinas.

 

Fonte: 
Hill+Knowlton Strategies Portugal
Nota: 
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