Refugiados ucranianos com acesso a medicamentos similares
O Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde da Associação Nacional das Farmácias (ANF) preparou um documento para suportar a intervenção farmacêutica junto dos cidadãos ucranianos, disponibilizando procedimentos de apoio e ferramentas específicas de identificação de medicamentos similares nos dois países.
Tratando-se de medicamentos sujeitos a receita médica, o farmacêutico identifica a substância ativa e a sua correspondência em Portugal, encaminhando de seguida a pessoa, com essa indicação, ao serviço de saúde mais próximo, para poder aceder à avaliação médica e posterior prescrição.
Poderá também partilhar com o utente um link para informação sobre os medicamentos, em ucraniano, situação particularmente importante e urgente para as pessoas que vivem com doença crónica.
“As farmácias portuguesas estão na primeira linha de apoio e acompanhamento de pessoas que vivem com doença. É fundamental que os refugiados com doenças crónicas não suspendam a sua medicação e saibam que podem contar com este apoio dos farmacêuticos”, esclarece Ema Paulino, presidente da ANF.
A Ordem dos Farmacêuticos (OF) constituiu também uma bolsa de farmacêuticos ucranianos a residir em Portugal, disponíveis para apoiar os colegas e restantes cidadãos ucranianos refugiados em Portugal no acesso à sua medicação. Estes farmacêuticos portugueses com raízes ucranianas têm diferentes experiências pessoais e profissionais, fluência na língua e podem, igualmente, ajudar a avaliar equivalências e/ou alternativas terapêuticas no mercado português.
“O setor farmacêutico nacional tem acompanhado atentamente a evolução da crise humanitária na Ucrânia. Tem enviado várias toneladas de medicamentos e produtos de saúde para a Ucrânia e procurado soluções para apoiar a integração dos cidadãos refugiados em território nacional. Tudo para que não tenham de enfrentar ainda mais obstáculos na fase de vida que atravessam”, destaca o bastonário da OF, Hélder Mota Filipe.