Sindicato dos Enfermeiros defende redução da idade da reforma para os 55 anos
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Na petição lançada pelo dirigente do SE, Eduardo Bernardino, é recordado que “com a pandemia de COVID-19, desde março de 2020 veio confirmar-se o que já se sabia: os Enfermeiros são uma profissão de desgaste rápido e de alto risco”. De tal forma que, salienta Pedro Costa, “o Governo sentiu necessidade de criar um subsídio extraordinário e temporário pelos riscos das funções exercidas e, ainda, por toda a dedicação em prol do outro, em detrimento da própria família. Infelizmente, este reconhecimento não teve continuidade no tempo e a verdade é que os enfermeiros ainda têm muitos dos seus problemas profissionais por resolver, faltam soluções condignas e que valorizem da profissão”, frisa o presidente do SE.
Pedro Costa salienta que os enfermeiros trabalham maioritariamente por turnos, 24 horas por dia, 7 dias por semana, em contextos de grande complexidade, lidando com o sofrimento humano ininterruptamente, “quase sempre em contextos de escassez de profissionais, aumentando a pressão colocada sobre cada enfermeiro, obrigado a desempenhar mais e mais funções, a ter a seu cargo um número excessivo de doentes face ao que devia ser a realidade”, explica ainda o presidente do SE.
Um dos reflexos da crescente pressão na enfermagem portuguesa, reafirma o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros – SE, é o aumento exponencial do burnout e consequente incremento da taxa de absentismo na profissão, “o que obriga, muitas vezes, a jornadas de trabalho de mais de 16 horas para suprir as necessidades dos doentes”.
Por tudo isto, o Sindicato dos Enfermeiros vai reafirmar no Parlamento a necessidade de rever o regime de aposentação dos enfermeiros.