Em Portugal, todos os dias são diagnosticados 27 novos casos de cancro colorretal
O cancro colorretal (ou cancro do colón e do reto) é o mais comum na Europa e o 3º cancro mais comum no mundo. A incidência e mortalidade variam muito de país para país. Em Portugal, todos os dias são diagnosticados 27 novos casos de cancro colorretal, o que significa que por ano surgem cerca de 10 mil novos doentes.
Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos. No entanto, a realização de rastreios, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%.
Existem também alguns sintomas gerais que podem estar relacionados a um problema do intestino, como a pessoa sentir-se doente, ter uma anemia, estar a emagrecer, perder o apetite ou ter dores abdominais persistentes.
No entanto, uma das melhores formas de prevenção é realizando o rastreio para identificar lesões precursoras do cancro e da deteção precoce. Uma das evidências mais importantes do diagnóstico na fase inicial da doença é o facto de 90% destes doentes continuarem vivos cinco anos depois do diagnóstico. Por oposição, apenas 10% estarão vivos se a doença já estiver disseminada no organismo aquando da sua descoberta.
Por esse motivo, é importante esclarecer e sensibilizar para a importância do rastreio, por forma a detetar lesões benignas precursoras do cancro ou fazendo o diagnóstico em fase precoce e conseguir um tratamento com grande probabilidade de sucesso. E aqui entra outro mito, de que o rastreio é doloroso, porque não é.
Atualmente, está em marcha uma Campanha de Sensibilização para o Cancro Colorretal que visa a promoção da literacia em saúde e do diagnóstico precoce, através da realização de rastreios por pesquisa de sangue oculto nas fezes. Para poder estar elegível, qualquer pessoa com idade compreendida entre os 50 e os 74 anos, deve inscrever-se em https://www.grupoageas.pt/cancrocolorretal até dia 31 de maio, e dirigir-se a um dos laboratórios/postos de colheita aderentes - Redes Germano de Sousa e Unilabs - e solicitar um kit. A recolha é feita em casa pela própria pessoa e pode ser entregue até 10 de junho. A Campanha decorre em todo o Portugal Continental.