PORVACC submete à 2ª fase do PPR projeto para capacitar o país ao desenvolvimento e produção de vacinas e biológicos
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Em paralelo, a Immunethep propõe-se também a terminar o desenvolvimento e o processo regulatório de aprovação da vacina que desenvolveu contra o SARS-CoV-2, a vacina SILBA (SARS-CoV-2 Inactivated for Lung B and T cell Activation), possibilitando, assim, não só a sua produção na nova unidade de Produção de Vacinas e Biológicos a construir no âmbito deste projeto, como a sua disponibilização nos mercados interno e externo. O projeto procura promover a realização dos ensaios clínicos de Fase I e II desta que é primeira vacina totalmente desenvolvida e produzida em Portugal e a implementação, pela primeira vez em Portugal, de um inovador serviço de ensaios não clínicos em condições BSL-3 (Biosafety Level) do tipo "one-stop shop" para vacinas e produtos biológicos e a construção da primeira unidade industrial de vacinas e biológicos em condições BSL-3 em Portugal, sendo uma das poucas a nível europeu. Esta unidade altamente diferenciadora, teria capacidade de produção de 50 milhões de doses de Vacinas e Biológicos em condições BSL-1, BSL-2 e BSL-3.
“A PORVACC visa implementar uma nova cadeia de valor no sector da biotecnologia e, transformar Portugal num Hub tecnológico, fornecedor de novos e inovadores produtos de alta intensidade tecnológica, como vacinas e produtos biológicos, e de serviços como ensaios não-clínicos e de produção industrial de vacinas e biológicos, com certificação BSL3”, Bruno Santos, Co-fundador e CEO da Immunethep.
A pandemia de COVID-19 demonstrou que, atualmente, Portugal não tem capacidade para dar resposta, desenvolver e produzir vacinas e que existem poucas unidades do género na Europa, que viram esgotada a sua capacidade ao produzir para outras geografias. Ainda assim a Immunethep desenvolveu uma vacina, a SILBA, cuja relevância se mantém atual, visto que as novas variantes da COVID-19 podem ser cobertas por esta vacina. Esta nova unidade servirá, não apenas para a produção da vacina SILBA, prevendo-se a afetação de parte da sua capacidade para esse efeito, mas também para a produção de outras vacinas e biológicos, como as vacinas do HPV, Hepatite A e B, Poliomielite, Rotavírus, entre outras.
“Queremos capacitar o país não só para futuras pandemias como dotá-lo de capacidade para produzir as vacinas atualmente em comercialização, mas totalmente importadas, o que permitiria ao país tornar-se menos dependente do estrangeiro”, acrescenta.
Nos próximos cinco anos, estima-se que o consórcio PORVACC permita criar cerca de 250 postos de trabalho, diretos e indiretos, altamente qualificados no setor da biotecnologia em Portugal.
A Agenda PORVACC permitirá alavancar um investimento em I&D de cerca de 23 milhões de euros, dos quais 93% realizados pelas empresas. O volume de negócios estimado para 2027 para os novos produtos e serviços é de 260 milhões de euros. Estes números evidenciam o contributo efetivo destes novos produtos e serviços no crescimento das empresas que integram o consórcio e para o País.
Do consórcio PORVACC fazem parte a Immunethep SA, a Universidade de Aveiro, a PNUVAX PT e o i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde.