O papel do Psicólogo na Saúde Mental
A saúde mental é um dos temas da atualidade. Numa sociedade onde, cada vez mais, se fala nesta temática, e onde a prevalência das perturbações mentais cresce exponencialmente, nomeadamente na infância e adolescência, faixas etárias que nos são particularmente queridas.
Neste sentido, a saúde mental não nos remete, apenas, para a ausência de doença, mas também, para um estado de bem-estar geral, ou seja, físico, mental e social.
Cumpre-nos dizer que, na saúde mental, não podemos alhear-nos das peculiaridades de cada sujeito, bem como, das características da sociedade onde este está inserido dando, assim, um sentido diferente de bem-estar de indivíduo para indivíduo.
É importante referir que, em qualquer fase da vida, podemos ser acometidos por uma situação de doença mental, que pode alterar o normal funcionamento do aparelho psíquico, levando, muitas vezes, a pessoa a um estado de incapacidade.
As doenças mentais, quando incapacitantes, afetam as rotinas diárias do doente a todos os níveis, podendo até implicar na rotina familiar, na medida em que a doente deixa de ser capaz de exercer atividade profissional ou escolar, auto- cuidado, gestão financeira, etc.
Podemos dizer que, de entre as perturbações mentais, a depressão e as perturbações de ansiedade são as que mais afetam a população portuguesa.
É de salientar que as doenças mentais, atualmente, representam 22, 5% no total das patologias, ou seja, um em cada cinco portugueses apresenta patologia mental, facto que se agravou com a pandemia.
Neste sentido, o psicólogo/psicoterapeuta tem um papel primordial, na medida em pode ajudar a despertar a consciência do doente para a origem do problema, promover estratégias de coping para lidar de forma mais adaptativa com situações do quotidiano, que levem a mudanças nas mais variadas áreas, tornando, desta forma, o sujeito mais consciente de si e do seu bem-estar.