CEO da BIOJAM afirma que “nunca os testes foram tão necessários como agora”
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Como explica Augusto Santos Costa, Diretor Técnico da BIOJAM "a Ómicron BA.2 difere da Ómicron BA.1, dominante até ao surgimento desta nova variante. Estas alterações não agravam o impacto da infeção, mas podem levar a uma perda de eficácia dos anticorpos, quer estes tenham origem na vacina ou numa infeção prévia com a Delta, ou com a BA.1. É esta a razão para a ocorrência de reinfeções cada vez mais difíceis de detetar". O responsável pelo departamento médico da farmacêutica relembra ainda que “segundo estudos já realizados a BA.2 é cerca de 30% mais transmissível do que a BA.1, estando presente em 1 em cada 5 casos de covid-19 em todo o mundo”.
Para a BIOJAM, uma das primeiras empresas a colocar no mercado os testes rápidos de antigénio, a rápida transmissibilidade, associada ao levantamento de restrições são dois aspetos que poderão potenciar um rápido crescimento de casos: “Na BIOJAM sempre procurámos antecipar quais poderão ser as necessidades do mercado. Através dos parceiros que temos em todo o mundo, em especial os da Coreia do Sul, percebemos que estamos longe de entrar na fase final de pandemia de Covid-19. Ainda que estejamos na transição para uma situação endémica e que as vacinas atenuem o impacto do COVID-19, é fundamental manter a monitorização de casos através da testagem e as regras de higienização”, acrescenta Carlos Monteiro relembrando que a Coreia do Sul registou, esta semana, o recorde de infeções por COVID-19, registando mais de 600.000 casos, naquele que é já considerado o pico da vaga causada pela variante Ómicron.
Suportada por estudos e relatórios dos parceiros internacionais e por estudos nacionais, como o do Instituto Superior Técnico, recentemente divulgado, a BIOJAM irá manter as unidades de rastreio e o stock de testes até que os níveis de contágio sejam reduzidos e não se verifique perigos maiores para determinados grupos de risco. Para Augusto Santos Costa “apesar de os últimos dados apontarem para uma baixa letalidade global, na ordem dos 0,189%, em média a sete dias, é possível que venha a ocorrer uma subida relacionada com a diminuição da cobertura imunitária em grupos de idosos com mais de 80 anos, onde o nível de letalidade está novamente a subir”.
No início do ano a farmacêutica estabeleceu um acordo com o seu parceiro sul-coreano com vista a assegurar junto de todas as entidades Portuguesas uma rápida resposta à crescente procura de testes de uso profissional. Esta é uma parceria que veio permitir à BIOJAM, representante exclusivo dos testes rápidos de antigénio PCL COVID19 Ag Gold, colocar no mercado nacional um milhão de testes por semana, o que corresponde a 50% da capacidade de produção semanal do fabricante. Desta forma, Portugal assume-se como um dos países de referência para a distribuição de testes PCL. Apesar do levantamento das restrições, no que toca à apresentação de testes, e à redução da comparticipação dos mesmos, a empresa irá manter toda a estrutura de realização de testes, assim como as parcerias para manutenção de stocks.
Na área da distribuição de soluções de diagnóstico COVID-19, a BIOJAM Holding Group foi umas das primeiras empresas a colocar no mercado testes serológicos e a apresentar no final do verão de 2020 os testes rápidos de antigénio Sars-Cov-2. Foi pioneira no que toca aos testes DUO e à introdução do método de colheita por saliva, em Portugal.