Tratamento com elétrodos na medula espinhal pode auxiliar casos de paraplegia
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O sistema desenvolvido pelo professor Grégoire Courtine, neurocientista do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne, e pela professora Jocelyne Bloch, usa um elétrodo localizado no topo dos nervos da coluna vertebral e a estimulação é feita por meio de um tablet com sistema wireless, ativando músculos do tronco e das pernas. “É uma descoberta fantástica, pode impactar a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta”, explica neurocientista Fabiano de Abreu.
Roccati e outros dois pacientes já conseguiram ficar de pé e até realizar movimentos com as pernas dentro de piscinas. “A implementação destes dispositivos cria uma expectativa de que as pessoas nessas condições possam readquirir suas respetivas independências e isso é revolucionário não só para a neurociência, mas para a medicina de modo geral”, afirma o especialista.
De acordo com o neurocientista, tecnologias como a descrita possibilitam que pessoas afetadas por traumas possam, talvez, futuramente, recuperar de maneira completa, tornando as dificuldades enfrentadas no dia a dia algo do passado. “A tecnologia e a neurociência biomédica ainda farão muito por nós”, opina Fabiano de Abreu.