VMER estaria inoperacional por falta de médico

Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar lamenta morte de recém-nascido por suposta falta de médico

A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar afirma, em comunicado de imprensa, lamentar “profundamente as recentes notícias da morte de um recém-nascido, e de que o apoio diferenciado, vulgo conhecida por VMER estaria inoperacional por falta de médico”.

De acordo com a SPEPH, esta tem vindo a alertar para a falta de meios diferenciados com médico a bordo.  “Os primeiros meios de emergência médica pré-hospitalar que chegam ao local não são diferenciados, são ambulâncias tripuladas na sua grande maioria dos casos por bombeiros ou elementos da cruz vermelha portuguesa, que de certeza fizeram o que lhes compete - com a formação exigida, suporte básico de vida e pedido de apoio diferenciado, que nem sempre está disponível, e, esta é uma verdade incontornável, que não pode ser desmentida”, escreve.

“Todos sabemos, que cada vez mais não é possível, ter meios diferenciados com médico a bordo, não é exequível, além de ser insustentável, até porque o verdadeiro socorro inicial é executado pelas tripulações das ambulâncias que estão geograficamente colocadas em corpos de bombeiros e delegações da cruz vermelha portuguesa, é aqui, nestas tripulações que a aposta numa educação superior com clarividência cientifica com base na paramedicina deve ministrada, para que possam executar um socorro diferenciado assim que chegam junto de quem necessita, ganhando tempo, garantido a intervenção mais eficaz dos profissionais de saúde em ambiente hospitalar”, acrescenta.

Segundo a SPEPH a trivialização da formação das equipas pré-hospitalares, “retirando conteúdos programáticos, e alargando esta mesma formação a outras entidades, que a ministram sem qualquer controle, faz com que estas tripulações se limitem praticamente após a sua chegada ao local, a uma breve abordagem, e ao perdido apoio diferenciado, que pode ou não estar disponível”.

“É por estas situações, que são recorrentes infelizmente, que a SPEPH está afincadamente a trabalhar numa educação ao nível do que se faz internacionalmente para todos os intervenientes no que se quer num dito sistema integrado de emergência médica, semelhante aos Serviços de Emergência Médica de outros países, com décadas de experiência, desde logo com a sua eficácia garantida”, refere.

 

 

 

 

 

Fonte: 
Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH)
Nota: 
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