IPO do Porto estuda resposta imunológica da dose de reforço da vacina nos doentes em tratamento

O estudo, que está a ser realizado em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Norte, arrancou na semana passada e já incluiu mais de 100 doentes.
Em comunicado, IPO do Porto, refere que o objetivo é avaliar a resposta imunológica à dose de reforço da vacina para a Covid-19 em doentes oncológicos e perceber por que motivo alguns doentes não conseguem adquirir defesas suficientes para combater a infeção.
De acordo com Júlio Oliveira, médico especialista em oncologia e farmacologia clínica e coordenador da Unidade de Ensaios Clínicos em fase precoce no IPO-Porto, os investigadores pretendem descobrir quais são as características dos doentes que têm menor capacidade em “montar” esta resposta imunológica e que população de doentes está em maior risco.
Para já, o que se sabe é que a resposta não é igual em todos os doentes, uma vez que pacientes com tumores do sangue, assim como os doentes que se encontram em tratamentos ativos de quimioterapia/imunoterapia, parecem ter tendência a desenvolver uma menor resposta à vacina, no entanto, ainda existem poucos dados disponíveis sobre o impacto da dose de reforço.
A amostra esperada para este estudo são 400 doentes, por isso o IPO do Porto apela à colaboração dos doentes oncológicos nesta investigação, em particular nas próximas duas a três semanas.
Numa primeira fase, o estudo vai incluir doentes do IPO do Porto, mas há a expectativa de alargar a doentes de outros hospitais.