Ordem dos Nutricionistas pede à DGS ação forte junto da indústria alimentar
Para Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, saber que 31% dos produtos destinados às crianças contêm, pelo menos, uma fonte de açúcar e que 25% têm sal adicionado é preocupante, uma vez que o sal e o açúcar não devem ser consumidos durante o primeiro ano de vida.
“É exatamente nos primeiros anos de vida que as crianças adquirem hábitos. Serem expostas precocemente ao sal e ao açúcar condiciona-lhes o gosto e pode determinar o que vão preferir em idade adulta.”, explica Alexandra Bento.
Portugal acompanha as recomendações da OMS e existem protocolos estabelecidos com a indústria, havendo uma clara necessidade da reformulação de produtos alimentares, pelo que compete a DGS a “atenção redobrada à composição nutricional de produtos alimentares destinados, principalmente, a idades precoces”.
Recorde-se que o estudo do INSA, conhecido este domingo, dia 26 de dezembro, aplicou um modelo desenvolvido pela OMS Europa a alimentos complementares destinados à faixa etária dos 6 aos 36 meses e analisou 138 alimentos rotulados como adequados para essas idades e à venda em cinco superfícies comerciais da região de Lisboa.