Lentigos solares: como prevenir e tratar
“O Lentigo solar é uma mancha castanha que surge com mais frequência na face e no dorso das mãos. Antigamente, surgiam em pessoas de idade mais avançada, atualmente com o aumento das atividades de lazer e maior exposição solar começaram a surgir em pessoas cada vez mais jovens”, começa por explica Luís Uva, Diretor Clínico da Personal Derma.
Embora a causa principal seja a exposição “direta e prolongada dos raios UV”, os lentigos podem ser desencadeados pelo “stresse e por alterações no metabolismo da pele e dos melanócitos”.
Segundo o especialista, existem três tipos de lentigo: o simples, o solar e o maligno. “O Lentigo Simples é observado em qualquer parte do corpo, pode surgir na infância, mas também pode aparecer em qualquer idade. Já o Lentigo Solar é representado por lesões isoladas ou múltiplas, desencadeadas pela exposição de fontes naturais ou artificiais como raios ultravioletas”, explica. Quanto ao lentigo maligno, este caracteriza-se por uma mácula “larga, desordenadamente pigmentada”, que surge na pele danificada pelo sol. Habitualmente, este tipo de lesão surge em pessoas mais idosas, no entanto, há que alertar para os perigos da exposição solar prolongada em todas as idades!
Entre as zonas do corpo mais atingidas por estas lesões encontram-se “a face, o dorso das mãos e dos braços, colo e os ombros”, ou seja, aquelas que estão mais expostas à radiação solar.
No que diz respeito ao seu tratamento, Luís Uva salienta que “não existe um tratamento único para tratar o Lentigo Solar”. Existem, sim, “várias opções sendo selecionadas de acordo com a opção recomendada para cada tipo de paciente”.
“Existem tratamentos como o Laser, a Luz Pulsada, Peeling Químico e crioterapia. O tratamento laser tem um resultado ótimo, tendo como desvantagens o seu período cicatricial em média de 10 a 12 dias. Na luz pulsada terá um resultado a médio prazo e progressivo com os tratamentos. A crioterapia é um método terapêutico não invasivo, que consiste na ablação de lesões cutâneas através da congelação celular, a desvantagem é um resultado a longo prazo e risco de lesão acrómica e hipercrómica”, explica.
Quando se tratam de lesões malignas, explica o médico especialista, “o tratamento normalmente recomendado é a realização de uma Cirurgia para remoção da lesão”.
Em matéria de prevenção – por que estas são lesões que podem ser prevenidas! – o especialista recomenda que não facilite: “A principal ideia chave que devemos ter sobre este tema é a de prevenção para o uso de protetor solar pois estes são fundamentais para precaver manchas, rugas e cancro. O excesso de uma exposição solar, radiação (UV) acaba por provocar o fotoenvelhecimento da pele que por sua vez fica uma pele seca, com rugas e manchas e que pode mais facilmente acabar por evoluir para cancro de pele”.