Estudo INSA

Variante Delta é a que predomina na região de Lisboa e Vale do Tejo

De acordo com os resultados preliminares das sequenciações obtidas no mês de junho, no âmbito do estudo sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, “coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)”, a variante Delta (B.1.617.2, associada à Índia) é a mais prevalente na região de Lisboa e Vale do Tejo, representando 60% dos casos. Na região Norte a prevalência desta variante encontra-se abaixo dos 15%.

No que diz respeito à variante Alfa, associada ao Reino Unido, o estudo do INSA estima uma prevalência desta variante de cerca de 30% em LVT e de 80% no Norte.

“Apesar de preliminares e de constituírem apenas uma fração do total de amostras positivas de COVID-19 que ainda serão analisadas durante o mês de junho, estes resultados permitem conhecer melhor a prevalência das principais variantes genéticas do SARS-CoV-2 em Portugal, nomeadamente para as regiões LVT e Norte, nas quais a amostragem é mais significativa”, escreve o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge em nota informativa.

Os dados apresentados sugerem igualmente que apenas 2.5% dos casos associados à variante Delta apresentam, ainda, a mutação K417N. “Esta mutação, também associada à variante Beta, anteriormente designada como variante da África do Sul, tinha sido, recentemente, apontada como alvo de vigilância apertada pelas autoridades de saúde do Reino Unido, sendo que Portugal era um dos países onde a mesma tinha sido identificada na variante Delta. Estes resultados sugerem que a variante Delta com esta mutação adicional não ganhou expressão relevante em Portugal”, informa o INSA.

No que diz respeito às variantes Beta e Gama (501Y.V3, associada ao Brasil, Manaus), enquanto a primeira não foi detetada em qualquer das amostras analisadas durante o mês de junho, a segunda (Gama) aparece com uma prevalência de cerca de 3%, tanto na região Norte como na região de Lisboa e Vale do Tejo, mantendo os valores estimados no mês de maio.

“Recorda-se que se estima que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alfa”, refere este instituto.

O INSA, através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, vai proceder, nos próximos dias, a uma atualização destes dados, uma vez que a sequenciação com vista à caracterização genética de SARS-CoV- 2 decorre em modo contínuo. Até à data, sublinha, foram analisadas 8751 sequências do genoma de SARS-CoV-2.

 

 

Fonte: 
INSA
Nota: 
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