Especialistas estudam viabilidade de conjugar vacinas contra a gripe e Covid

Graham Medley, que preside a um subgrupo do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos da OMS (SAGE) em Vacinação, disse que se espera “que as taxas de contacto não sejam tão baixas no inverno que vem como no inverno passado. As restrições não serão tão pesadas e, consequentemente, haverá uma epidemia de gripe."
Tendo em conta estas expetativas, o estudo comFluCov está a analisar os efeitos secundários da administração de uma vacina recomendada contra a gripe, juntamente com as vacinas COVID-19 da AstraZeneca ou Pfizer/BioNTech, bem como as respostas imunes quando ambas vacinas são coadministradas.
Segundo a publicação, a Novavax e a Moderna estão também a estudar o desenvolvimento de uma vacina combinada contra a Covid e a gripe.
Embora os resultados oficiais do ComFluCov sejam esperados até agosto ou setembro, os primeiros dados sobre os efeitos adversos após coadministração de vacinas já foram partilhados com o Comité Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido (JCVI), admite o investigador-chefe Rajeka Lazarus.
Adam Finn, membro do JCVI, diz que existe uma "possibilidade razoavelmente forte" de que tanto a vacina COVID-19 como a vacina da gripe possam ser administradas ao mesmo tempo, já no próximo outono, ou como parte de um programa para administrar as vacinas de reforço COVID-19 no início do próximo ano, ou mesmo em ambas as ocasiões.