Cientistas desenvolvem um preditor que lança uma estimativa de vida com base em medições de proteínas

Num artigo publicado hoje na Revista Communications Biology, cientistas da deCODE genetics, uma subsidiária da Amgen, descrevem como desenvolveram o preditor que mostra quanto resta da vida de uma pessoa.
Utilizando um conjunto de dados de 5.000 medições de proteínas em 22.913 islandeses, dos quais 7.061 morreram durante o período de estudo, os cientistas desenvolveram um preditor da época até à morte que pode superar os preditores com base em múltiplos fatores de risco conhecidos. A previsão pode identificar os 5% de maior risco num grupo de pessoas entre os 60 e os 80 anos, onde 88% morreram em dez anos e os 5% com menor risco onde apenas 1% morreu em dez anos.
Os cientistas exploraram como as proteínas individuais se associam à mortalidade e várias causas de morte e descobriram que a maioria das causas da morte têm perfis proteicos semelhantes. Em particular, descobriram que o fator de crescimento/diferenciação 15 (GDF15), que já foi associado à mortalidade e ao envelhecimento anteriormente, constitui um importante preditor da mortalidade por todas as causas. Além disso, descobriram que, em média, os participantes previstos com risco elevado de morte num curto espaço de tempo tinham menos força de aderência e apresentavam pior desempenho num teste de tolerância ao exercício e num teste de função cognitiva do que aqueles previstos com menor risco.
"O preditor dá uma boa estimativa da saúde geral a partir de uma única colheita de sangue", diz Thjodbjorg Eiriksdottir cientista da deCODE genetics e autor no artigo.
"Isto mostra que a nossa saúde geral se reflete no proteoma plasma. Usando apenas uma amostra de sangue por pessoa, podemos facilmente comparar grandes grupos de forma padronizada, por exemplo, para estimar os efeitos do tratamento em ensaios clínicos”, acrescenta Kari Stefansson, autora sénio do artigo.