Aqueles que já estiveram infetados com o novo coronavírus podem não estar protegidos contra as novas variantes

Os dados do estudo PITCH, financiado pelo Reino Unido, sugerem que a resposta imune após a infeção natural pode variar entre indivíduos, seis meses após a infeção.
Segundo os investigadores estas descobertas, que ainda não foram revistas por pares, reforçam a necessidade de todos serem vacinados para a máxima proteção contra a Covid-19, uma vez que as vacinas geram uma resposta imunitária maior do que a infeção natural.
Naquele que se pensa ser um dos estudos mais aprofundados da memória imunitária até à data, os investigadores analisaram como o sistema imunitário responde à Covid-19 em 78 profissionais de saúde que eram sintomáticos ou assintomáticos.
Outros oito doentes que sofreram de doença severa foram incluídos para comparação. As amostras de sangue foram recolhidas mensalmente até seis meses após a infeção para examinar diferentes elementos da resposta imunitária, incluindo anticorpos, bem como a resposta celular.
A equipa descobriu que indivíduos que mostravam pouca ou nenhuma evidência de memória imunitária à Covid-19 aos seis meses após a infeção não foram capazes de neutralizar as variantes Alpha e Beta, elevando a possibilidade de que a infeção anterior não fornece proteção suficiente para prevenir a reinfeção por estas estirpes.