A Responsabilidade do Médico de Família na Prevenção do AVC
Os médicos de família devem exercer a promoção da saúde e a prevenção de doença, assumindo de vez um papel decisivo na chamada “prevenção primária”.
Este período terrível de combate à infeção pela COVID-19 deixou os utentes longe dos seus médicos e os centros de saúde entrincheiraram-se em “muros” que, dificultam o acesso e a proximidade, os princípios fundamentais dos Cuidados Primários e da Medicina Geral e Familiar.
Não é possível cumprir o objectivo dos cuidados antecipados à população, reduzindo o risco de aparecimento de determinadas patologias e atuar sobre os factores de risco de modo atempado e precoce, se o acesso aos médicos de família não for retomado urgentemente!
Quando pensamos no acidente vascular cerebral, o AVC, temos de recordar que a idade é, também, como no caso da COVID-19, o mais importante e mais forte fator de risco. E não devemos esquecer o peso da história familiar de AVC, como possível preditor de eventos.
Mas se estes fatores, idade ou genética, são fatores de risco que os médicos não podem modificar, outras questões são tidas como modificáveis. Por exemplo, os benefícios da atividade física regular e continuada, bem como o seu impacto no controlo da hipertensão arterial, da diabetes e do peso. Ou a importância de cumprir os tratamentos indicados pelos médicos, tomando os medicamentos diariamente, nos horários e doses prescritas.