30% dos portugueses com doença grave "acusam" a pandemia de prejudicar a sua saúde
Durante este período pandémico, milhares de doentes ficaram sem consultas, tratamentos ou cirurgias de que necessitavam. O adiamento destas intervenções e das que ficaram por diagnosticar, sugere um agravamento dos indicadores de saúde a curto prazo. Desta forma, 30% dos portugueses inquiridos que sofre de uma doença grave, acusa a pandemia de prejudicar a sua saúde, nomeadamente por “piorar o acompanhamento médico de doenças ou problemas”.
No geral, o estudo não reconhece implicações expressivas da pandemia no estado de saúde dos portugueses. 69% dos inquiridos indicam que a pandemia não teve qualquer impacto na sua saúde. Por outro lado, dos 28% dos inquiridos que reconhecem algum efeito negativo, 62% atribuem ao “sedentarismo” e 52% à “ansiedade”. No entanto, a ameaça da doença introduziu mudanças na relação dos portugueses com a saúde, levando um em cada quatro portugueses inquiridos a reconhecer que “procurou mais informação sobre saúde” e um em cada cinco inquiridos a admitir que “reduziu o recurso a médicos por rotina ou prevenção”.
Segundo o estudo, acredita-se que ainda estão por revelar as piores marcas da Covid-19, ao nível da saúde física e mental. 13,5% dos inquiridos reconhece que o contexto de pandemia está na base de uma sensação de descontrolo sobre a sua própria saúde, estando mais relacionado com a instabilidade ou fragilidade emocional do que física.