Anticorpo experimental neutraliza “poderosamente” várias variantes da Covid-19
O anticorpo - conhecido como LY-CoV1404 ou LY3853113 - funciona aderindo a um lugar no vírus que mostre poucos sinais de mutação, o que significa que o fármaco é suscetível de permanecer eficaz ao longo do tempo, notam os investigadores num relatório publicado na passada sexta-feira na bioRxiv antes da revisão pelos pares.
"Novos tratamentos resistentes à variante, como o LY-CoV1404, são desesperadamente necessários, uma vez que alguns dos anticorpos terapêuticos existentes são menos eficazes ou ineficazes contra certas variantes e o impacto das variantes na eficácia da vacina ainda não é bem conhecido", escreveu a equipa de investigação.
Um porta-voz da AbCellera disse que a empresa planeia publicar informações sobre testes na próxima terça-feira.
Estas são as conclusões preliminares de um dos mais recentes estudos científicos sobre o novo coronavírus e os esforços para encontrar tratamentos e vacinas para o Covid-19, a doença causada pelo vírus.
Detetados anticorpos um ano após da infeção
Segundo a informação publicada no jornal El Mundo, alguns sobreviventes de Covid-19 ainda têm anticorpos detetáveis para o vírus, um ano depois de teres sido infetados.
Num estudo realizado nos EUA, os médicos recolheram amostras de sangue de 250 pacientes, incluindo 58 que tinham sido hospitalizados por Covid-19 e 192 que não tinham exigido hospitalização.
Entre seis a dez meses após o diagnóstico, todos os antigos doentes hospitalizados e 95% dos doentes externos ainda tinham anticorpos neutralizantes, de acordo com um relatório publicado domingo na medRxiv.
No pequeno subgrupo dos que foram seguidos durante um ano inteiro, 8 em cada 8 pessoas que tinham sido hospitalizadas ainda tinham anticorpos, assim como 9 em 11 ex-pacientes externos.
Os investigadores relataram ainda que a idade mais avançada estava ligada a níveis mais elevados de anticorpos neutralizantes, enquanto os níveis eram "mais baixos e variáveis" nos participantes com menos de 65 anos que experimentaram o Covid-19 menos grave e não necessitaram de hospitalização.
Disseram que a vacinação dos sobreviventes da Covid-19 seria "prudente" porque a proteção induzida pela vacina contra o vírus é suscetível de ser mais duradoura do que os anticorpos leves induzidos pela Covid-19.