AADIC lança campanha motivacional para doentes com insuficiência cardíaca

Em Portugal existem cerca de 400 mil pessoas com insuficiência cardíaca, sendo possível que grande parte destes ainda estejam subdiagnosticados e subtratados. Estima-se que a sua prevalência possa aumentar entre 50 a 70% até 2030. Atualmente, representa ainda a 1ª causa de internamento hospitalar após os 65 anos.
“A pandemia veio intensificar esta problemática porque, infelizmente, os diagnósticos ficaram suspensos e os próprios doentes assumem que tiveram medo de se dirigir ao hospital para receber os respetivos cuidados de saúde.
O objetivo da nossa Associação é apoiar os doentes e por isso, nesta fase, que marca o mês do coração, decidimos promover uma campanha dirigida a eles com um foco motivacional, mostrando que é possível viver com qualidade de vida, desde que o doente: cumpra as recomendações médicas; tome a medicação corretamente; tenha cuidados com a alimentação; pratique atividade física; não fume nem beba bebidas alcoólicas e tenha apoio adequado para autogerir a sua doença no dia a dia.”, explica Maria José Rebocho, cardiologista e membro técnico científico da AADIC.
A campanha “de Coração Cheio & Sem Reservas” lança um movimento solidário ao desafiar a sociedade civil, os sócios e os profissionais de saúde, a vestirem uma camisola vermelha pela insuficiência cardíaca, durante o mês de maio, e a partilhar em fotografia esse registo na página de Facebook da AADIC. No final do mês do coração a Associação irá criar um cartaz com os rostos que se associaram à campanha.
As cidades de Lisboa, Porto, Penafiel e Cascais serão também palco desta campanha através de vários mupis JCDECAUX.
“A Insuficiência Cardíaca é uma doença frequente, em especial nos estratos etários mais elevados, muitas vezes diagnosticada tardiamente, com internamentos hospitalares recorrentes e mortalidade elevada.
No mês de maio, em que se celebra o Mês do Coração, a AADIC através desta sua iniciativa pretende, em geral, chamar a atenção da opinião pública para esta doença, ainda insuficientemente compreendida pela população, ao mesmo tempo que se dirige, em particular, aos doentes com IC sublinhando que é possível viver com qualidade de vida desde que se observem os cuidados necessários”, conclui Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.