EMA avalia uso de baricitinib em doentes Covid hospitalizados que necessitam de oxigénio suplementar
De acordo com a EMA trata-se de imunossupressor - um medicamento que reduz a atividade do sistema imunitário - que, atualmente, está autorizado a ser utilizado em adultos com artrite reumatoide moderada a grave ou dermatite atópica (eczema). “A sua substância ativa, baricitinib, bloqueia a ação de enzimas chamadas Janus quinases que desempenham um papel importante nos processos imunitários que levam à inflamação. Pensa-se que isto também poderá ajudar a reduzir a inflamação e os danos nos tecidos associados à infeção Covid-19 grave”, esclarece em comunicado.
O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) irá proceder a uma avaliação acelerada dos dados apresentados pela empresa que comercializa o baricitinib, incluindo os resultados de dois grandes estudos aleatórios em doentes hospitalizados com COVID-19, a fim de recomendar o mais rapidamente possível se a extensão da indicação deve ou não ser autorizada. O parecer do CHMP será então reencaminhado para a Comissão Europeia, que emitirá uma decisão definitiva juridicamente vinculativa aplicável em todos os Estados-Membros da UE.
“A EMA comunicará sobre o resultado da sua avaliação, que deverá chegar a um parecer até julho, a menos que sejam necessárias informações suplementares”, informa.
Este medicamento foi autorizado pela primeira vez na UE em fevereiro de 2017.