Passaportes de vacinação: Conselho da Europa emite orientações aos governos para salvaguardar direitos humanos

O documento sublinha a importância de intensificar os esforços para produzir e administrar vacinas de forma igual, em conformidade com os requisitos da Convenção dos Direitos Humanos e biomedicina (Convenção de Oviedo), para que as restrições às liberdades individuais possam ser gradualmente revistas à medida que a imunidade mais ampla é alcançada entre as populações.
Sublinha ainda que na batalha contra a pandemia Covid-19, nomeadamente no contexto da viagem, vale certamente a pena tomar quaisquer medidas para harmonizar ou facilitar o processo de certificação de que alguém é vacinado, imune ou sem infeções – desde que os dados pessoais sejam protegidos e sejam tomadas medidas para prevenir a contrafação.
“Os Estados-Membros são convidados a tomar medidas em conformidade com a Convenção para a Proteção de Indivíduos no que respeita ao tratamento automático de dados pessoais, à Convenção sobre a Contrafação de Produtos Médicos e a crimes semelhantes que envolvam ameaças à saúde pública (Convenção MEDICRIME) e à Convenção sobre cibercriminalidade (Convenção de Budapeste)”, pode ler-se em comunicado.
Por outro lado, sublinha-se que “a utilização desses dados de certificação ou imunização para fins não médicos para conceder acesso privilegiado e exclusivo aos direitos levanta muitas questões relacionadas com o respeito pelos direitos humanos” e que por isso deve ser considerada com cautela.