Inquérito

Apesar de alguma desconfiança, portugueses mantém intenção de se vacinarem com a vacina da AstraZeneca

Os resultados de um estudo divulgado pela Deco PROTESTE mostram que, apesar do caso AstraZeneca ter gerado muitas dúvidas sobre a segurança das vacinas contra a covid-19, apenas 5% dos inquiridos recusam serem inoculados e 10% dizem que talvez não o sejam. Num estudo com quatro países europeus, portugueses são os mais confiantes.

Os resultados dizem respeito a um inquérito online realizado, entre 26 e 30 de março, Portugal, em Espanha, em Itália e na Bélgica, incidindo sobre a população entre os 18 e os 74 anos.

Segundo a Deco PROTESTE, 63% dos portugueses “viu a sua confiança abalada” com os recentes acontecimentos que envolvem esta vacina. No entanto, apenas uma franja muito pequena dos inquiridos diz recusar a ser vacinados: 5%, sendo que 10% referem ter algumas dúvidas relativamente a esta decisão.

De um modo geral, apesar da desconfiança, 55% dos inquiridos afirma que irá avançar com a inoculação, seja qual for a vacina utilizada.

Quanto mais informados, mais confiantes

“O caso AstraZeneca tem abalado a confiança na segurança de todas as vacinas, contra a covid-19 ou não. Mas também a organização do plano de vacinação, a prestação da Agência Europeia de Medicamentos e a defesa da saúde dos cidadãos pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde estão debaixo de escrutínio. Cerca de três em dez inquiridos confessam que o caso AstraZeneca teve um impacto negativo na forma como avaliam cada um destes aspetos”, revela a Deco PROTESTE.

Ainda assim, e apesar de os números terem crescido ligeiramente face a um inquérito que realizado em janeiro deste ano, “apenas 35% alegam bons ou muito bons conhecimentos sobre os efeitos secundários das vacinas contra a covid-19. Quanto mais elevado o nível educacional dos participantes no estudo, maior é esta proporção. Já os meandros do plano de vacinação estão ao alcance de 42%, enquanto a eficácia das vacinas é do domínio de quase metade (48 por cento)”.

Os menos informados ou com um nível educacional mais baixo foram os que mais concordaram com a decisão do Governo de suspender a vacina da AstraZeneca.

Quanto aos produtos da Janssen, da Pfizer e da Moderna, o nível de confiança é semelhante: em todos os casos, apenas 6% dos inquiridos mostram um forte receio face aos efeitos secundários.

Se fossem convocados para serem inoculados na próxima semana, 59% dos portugueses que ainda não a tomaram aceitariam a proposta sem reservas e mais 26%, apesar das dúvidas, provavelmente seguir-lhes-iam o exemplo. “Aliás, face ao inquérito de janeiro deste ano, são agora mais 9% os que dizem querer vacinar-se. Quanto mais bem informados se afirmam os inquiridos, maior é a predisposição para receber a vacina. Por outro lado, esta vontade é também superior na faixa etária acima dos 64 anos”.

Para ficar a conhecer estas e outras conclusões do estudo, siga a notícia em: https://www.deco.proteste.pt/saude/medicamentos/noticias/caso-astrazeneca-abala-confianca-maioria-portugueses-quer-ser-vacinada

Fonte: 
Deco PROTESTE
Nota: 
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