OMS

Coronavírus foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal

Embora o relatório da equipa que esteve em Wuhan para investigar origem do novo coronavírus só seja apresentado amanhã, a AFP já deu conta de que o coronavírus provavelmente foi transmitido aos humanos pelos morcegos através de outro animal ainda não identificado. O documento também descarta que a pandemia tenha origem em laboratório, mas deixa outras hipóteses em aberto e pede mais investigaçõ

Segundo avança o El País, estas novas informações “em nada diferem daquelas que o chefe da missão, Peter Ben Embarek, já avançou na conferência de imprensa de 9 de fevereiro em Wuhan, ao final da visita de especialistas, que contaram com a colaboração de seus homólogos chineses.”

 O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reagiu esta segunda-feira a esta informação referindo que "todas as hipóteses estão sobre a mesa e merecem um estudo mais aprofundado".

Assim, os especialistas consideram que a transmissão do vírus covid-19 por animal intermediário é uma hipótese "entre provável e muito provável". Porém, a possibilidade de transmissão direta entre o animal inicial, ou seja, o morcego, e o homem ainda é considerada entre "possível e provável". Em vez disso, o relatório conclui que é "extremamente improvável" que o coronavírus seja devido a um acidente ou fuga de patógenos de um laboratório. O governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Instituto de Virologia de Wuhan, que investiga coronavírus muito perigosos, de ter deixado o vírus escapar, voluntária ou involuntariamente. Especialistas dizem que não estudaram a possibilidade de tal ato deliberado.

Os especialistas apontam ainda que os estudos realizados no mercado Huanan de Wuhan e em outros mercados da cidade não serviram para encontrar "elementos que confirmem a presença de animais infetados". “Deve haver investigações em áreas maiores e em um número maior de países”, conclui o relatório. Portanto, a OMS pede paciência porque as respostas demoram a chegar.

O relatório conjunto da OMS e de especialistas chineses chega 15 meses após o surgimento dos primeiros casos em Wuhan, no centro da China, e depois de a pandemia ter feito pelo menos 2,7 milhões de mortes em todo o mundo.

 

 

Fonte: 
El País
Nota: 
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