Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde

Portugal mantém tendência de descida de novos casos de Covid-19

O Diretor de Serviços de Informação e Análise da Direção-Geral da Saúde, André Peralta Santos, disse esta segunda-feira que Portugal mantém a tendência de descida de novos casos de COVID-19, registando, ao dia de ontem, uma incidência cumulativa a 14 dias de 141 casos por 100.000 habitantes.

“Vemos desde a última reunião do Infarmed que houve uma manutenção da tendência de descida [de novos casos]”, adiantou o responsável, na reunião do Infarmed, que decorreu em Lisboa, destacando que grande parte do território nacional já se encontra com incidências inferiores a 120 casos por 100.000 habitantes.

Segundo André Peralta, apenas a região de Lisboa e Vale do Tejo, algumas partes da região centro e da região do Alentejo continuam com incidências superiores à anunciada, avança nota informativa da Direção Geral da Saúde. 

De um modo geral, esclareceu o especialista, o país continua com uma tendência decrescente, uma variação de incidência negativa, apesar de alguns municípios esporadicamente terem variações positivas da incidência, mas dispersos um pouco por todo o território.

Sobre a nova variante de SARS-CoV-2 associada ao Reino Unido, o diretor de serviços revelou que se verifica um crescimento da incidência, com maior expressão na região de Lisboa e Vale do Tejo, com aproximadamente 66% casos positivos. Observa-se também um crescimento na região Centro e na região Norte, com uma prevalência superior a 50%.

Quando a análise da situação epidemiológica é feita por faixas etárias, verifica-se que as incidências de COVID-19 estão a descer em todas as idades, sendo que o grupo dos 80 mais é aquele que mantém uma incidência mais alta.

No que diz respeito aos internamentos em enfermaria e em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), mantém-se também a tendência de descida, com 354 casos em UCI (números semelhantes à primeira semana de novembro).

De acordo com os dados apresentados pelo diretor de serviços da DGS, os internamentos em enfermaria são em maior número no grupo etário dos 80 mais, seguidos dos 70, 79, 60 e 69 anos. À medida que a idade diminui, os internamentos vão descendo. Já nos internamentos em UCI, o grupo etário com maior número de casos é o dos 60 aos 69. “Para termos impacto na redução da utilização de cuidados intensivos teremos que aguardar até que a vacinação se alargue e tenha grande expressão dos grupos mais de 50 anos”, defendeu.

Na mortalidade, verifica-se a mesma tendência.

Fonte: 
DGS
Nota: 
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