O que esperar e não esperar duma Cirurgia Estética
Para muitos uma cirurgia estética é considerada uma coisa supérflua ou mesmo luxuosa, de necessidade duvidosa, criticada e mal compreendida.
Uma cirurgia estética é procurada para melhorar, corrigir ou reparar algo que a pessoa em dado momento da vida acha que deve resolver o que, em muitos casos já é de algum tempo, e que chegou a hora de tomar uma decisão, hora essa motivada por diversas razões – disponibilidade pessoal, familiar, social, laboral, financeira….
O que uma pessoa acha que não está bem, ou não gosta, pode ter uma origem genética ou vir a ser adquirido ao longo da vida por diversas razões – alterações de peso, hormonais, gravidezes, doenças, traumatismos, envelhecimento……
Não concordo com a opinião de muita gente, de várias áreas sociais e profissionais, de considerarem estas cirurgias como não sendo necessárias, de decisão controversa e com muitas coisas contra. O exterior tem repercussões no interior e vice-versa com alterações da segurança, autoestima e de saúde. A definição de saúde da Organização Mundial de Saúde vem em favor do que defendo “…a saúde é o bem-estar físico, mental, social…”.
Há muita gente com necessidade e vontade de realizar uma Cirurgia Estética, mas tem medo da cirurgia, medo das dores, medo da anestesia, medo das críticas, da não aceitação….
A Cirurgia Estética é, muitas vezes, alvo de falsas ideias, de má reputação e com muitas histórias, algumas dramáticas, em torno destes procedimentos sem correspondência com a realidade.
Mesmo dentro do meio Médico e da própria Cirurgia Plástica há quem se oponha à realização de cirurgias estéticas com argumentos e defesas hoje completamente inaceitáveis e ultrapassados. Também não posso partilhar nem concordar com esta corrente pois a própria Cirurgia Estética evoluiu tanto com técnicas menos invasivas, menos cicatrizes, menos tempo de incapacidade para a vida habitual, sem alterações para uma vida normal futura, com anestesias locais, sem internamentos na grande maioria dos casos, com muito mais benefícios e resultados positivos.
A Cirurgia Estética não tem idades para se realizar. Os menores de 18 anos, por razões legais, têm que ter autorização escrita pelo encarregado de educação. Tem momentos e indicações próprias, devendo através de uma consulta da Especialidade, ser feita uma correta e honesta avaliação, e feitas as melhores propostas e soluções, que podem ser cirúrgicas ou não. Tem seguramente um papel importante de ajuda em muitas situações, que além de não terem outra solução que não a cirúrgica, vão ser determinantes na definição da autoestima, segurança, relacionamento e ter consequências positivas na esfera social, familiar, afetiva, académica e profissional.
Apesar da corrente contra, falta de apoio e incentivo por parte de amigos, familiares, colegas, namorados, maridos, professores e às vezes até dos próprios pais e médicos, hoje em dia já há uma viragem significativa nesta forma de aceitar a Cirurgia Estética, com apoio de todos e até enviados e recomendados por outros médicos.
As alterações de ordem estética são muitas vezes de origem genética e não podem ser alteradas sem uma ajuda concreta e objetiva. Não escolhem idade nem sexo. Podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Todas as situações passíveis de uma cirurgia estética passam por uma consulta médica prévia, onde é feito o diagnóstico, pedidos exames complementares de diagnóstico e proposta a solução cirúrgica com ou sem tratamentos complementares.
Pretende-se desmistificar, esclarecer, informar e ajudar quem tenha situações ou problemas que os desgostem ou perturbem, tendo assim uma oportunidade de ver se há ou não solução para o seu caso.
A evolução tem sido para que:
- As cicatrizes finais sejam cada vez menores e quase impercetíveis
- Para que o pós-operatório seja confortável e sem dores
- Com um retorno rápido às atividades habituais
- Sem anestesias gerais
- Sem internamento
- Com resultados o mais naturais possível.
Muita gente julga, erradamente, que a abordagem estética médica é apenas cirúrgica, que é muito cara, dolorosa, invasiva, demorada e que as pessoas ficam «todas iguais» e sem «expressão», com especto pouco natural. Isto é do passado, técnicas ultrapassadas.
No entanto é muito importante estar alerta para os charlatões e para pessoas que não têm formação nem habilitações nem experiência para a realização de cirurgias e tratamentos estéticos.
Deve-se sempre procurar profissionais competentes e devidamente credenciados, habilitados, experientes e especializados, ter em atenção a publicidades muito promissoras e enganosas, apresentação de resultados de outras pessoas, que nunca serão os seus, a fim de evitar que a beleza se torne num tormento desnecessário.