Fundação Portuguesa de Cardiologia apela à vacinação dos mais idosos e dos doentes cardíacos
“Faz sentido que aqueles que estão na linha da frente sejam o mais urgentemente protegidos. Isso vai não só permitir que façam o seu trabalho com maior segurança, como diminuir o risco de infetar as pessoas vulneráveis de que estão a cuidar”, começa por dizer.
“No entanto, a Fundação Portuguesa de Cardiologia ficou preocupada porque em Portugal, ao contrário da generalidade dos países europeus, os mais idosos não estão a ter a devida prioridade no programa de vacinação, que se limita apenas aos doentes internados em Lares. Refira-se que os idosos, vivendo ou não em Lares, são os mais atingidos mortalmente pela COVID-19. É de notar que 92% das mortes ocorrem nos doentes com mais de 65 anos”, acrescenta.
O Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, relembra que muitos doentes, como é o caso dos mais jovens, são assintomáticos o que coloca em risco, “sem o saber”, as “pessoas idosas mais vulneráveis”. “Contudo, se estas estiverem previamente vacinadas, o risco de apanhar a doença e morrer fica muito mais reduzido”, afirma.
Por outro lado, defende que os doentes cardíacos, “independentemente da idade (embora esta seja uma patologia mais frequente nas pessoas de idade mais avançada), estão em maior risco de contrair uma doença grave ou morrer, pelo que a Fundação Portuguesa de Cardiologia, defende que devam ter prioridade no programa de vacinação”.
Assim, aconselha que “todos aqueles que tenham fatores de risco (nomeadamente hipertensão) ou doença cardiovascular se vacinem na primeira oportunidade que lhes for dada”.
Ainda assim, Manuel Carrageta apela a que se sigam todas as medidas de prevenção: “a vacinação não dispensa o distanciamento social, o uso de máscara, evitar reuniões em espaços fechados e a higiene das mãos”.
“Por favor, tenha cuidado e vacine-se logo que lhe seja dada essa oportunidade”, apela.