Há dois medicamentos que podem salvar uma vida em cada 12 tratamentos à Covid-19

O ensaio REMAP-CAP realizado em seis países diferentes, incluindo o Reino Unido, incluiu 800 doentes em terapia intensiva. Segundo os investigadores, 36% dos doentes Covid que receberam a terapia padrão acabaram por não resistir à doença. No entanto, a percentagem de óbitos teve uma descida considerável (27%) com a administração destes dois fármacos 24h após a entrada na terapia intensiva.
Segundo Stephen Powis, diretor médico nacional do NHS, o serviço nacional de saúde britânico, "o facto de existir outro medicamento que pode ajudar a reduzir a mortalidade de pacientes com Covid-19 é uma notícia extremamente bem-vinda e outro desenvolvimento positivo na luta contínua contra o vírus."
Para o secretário de Saúde e Assistência Social, Matt Hancock, esta descoberta vem provar que o Reino Unido “está na vanguarda na identificação e fornecimento dos tratamentos mais promissores e inovadores para os doentes”.
"Os resultados de hoje são mais um marco na descoberta de uma cura para a pandemia e, quando somados ao arsenal de vacinas e tratamentos já em execução, terão um papel significativo na derrota do vírus,” acrescentou.
O tocilizumabe e sarilumabe reduzem a inflamação, que pode se agravar em doentes Covid e causar danos aos pulmões e outros órgãos.
Os médicos estão a aconselhados a administrá-los a qualquer doente Covid que, apesar de receber dexametasona, precise de cuidados intensivos.
Estes dois medicamentos já foram adicionados à lista de restrições de exportação do governo, que proíbe as empresas de comprar medicamentos destinados a pacientes do Reino Unido e vendê-los por um preço mais alto em outro país.
Os resultados da pesquisa, no entanto, ainda não foram revistos por pares ou publicados em publicações médicas.