Epidemia por Covid-19 com tendência de descida em Portugal

Apesar de ter havido um agravamento na semana de 22 de novembro, na semana de 29 “já houve um desagravamento em vários municípios, nomeadamente na região Norte, que apesar de manter incidências elevadas, tem já um desagravamento. Na região de Lisboa e Vale do Tejo também se verifica uma variação decrescente, o que são boas notícias”, referiu, durante a sessão de balanço das medidas tomadas e de análise da evolução da doença.
O Alentejo e os Açores, pelo contrário, ainda registam aumento da sua incidência.
Durante a apresentação dos dados, destacou-se também o facto de o decréscimo se estar a refletir em todas as faixas etárias.
André Peralta Santos realçou uma boa e uma má notícia: “A boa notícia é que o grupo de 60/70 anos e 70/80 anos estão relativamente protegidos em relação aos outros grupos etários. No entanto, o grupo de mais de 80 anos é um grupo que tem maior dependência, maior intensidade de contactos e, por isso, tem ainda uma incidência mais alta”. Quanto às hospitalizações, salientou que que apesar de o país já ter “passado o pico da incidência, ainda não há um pico claro nos internamentos”, que é esperado em breve.
Cada doente infeta, em média, menos de uma pessoa
Quanto ao rácio de transmissibilidade, ou Rt, apresentado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, encontra-se atualmente abaixo de 1, com valor de 0,99”. Segundo Baltazar Nunes, este resultado deve-se ao decréscimo da incidência nas regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.
Na região Norte, que tem sido a zona mais afetada pela pandemia, o Rt é agora de 0,96 e, em Lisboa, apesar de o Rt estar situado em 1, também se regista estabilização ou mesmo decréscimo.
As restantes regiões mantêm o seu Rt acima ou muito próximo do 1. O Alentejo e o Algarve continuam a preocupar as autoridades, porque apesar de terem valores próximos de 1 ainda apresentam “uma taxa de crescimento”.