Autorizada a encomenda do primeiro lote de 6,9 milhões de vacinas contra a Covid-19 em Portugal

“A União Europeia coordenou a aquisição conjunta. Hoje autorizámos o primeiro lote de 6,9 milhões de vacinas para Portugal. A UE selecionou seis vacinas que estão em desenvolvimento, as seis em que valia a pena investir. Mobilizámos os recursos financeiros para garantir estas vacinas”, afirmou o primeiro ministro aos jornalistas, à margem de uma visita ao Hospital de Gaia.
Com esta autorização, António Costa realçou que cabe agora à Direção-Geral de Saúde que “defina os critérios que devem obedecer à vacinação progressiva, universal e gratuita da população portuguesa para assegurar esta imunização”.
“O Estado Português associa-se assim à aquisição de vacinas contra a doença COVID-19 no âmbito do procedimento europeu centralizado, sendo que a Resolução do Conselho de Ministros hoje aprovada corresponde à primeira fase dos procedimentos aquisitivos, a realizar em 2020, assegurando a aquisição de 6,9 milhões de doses e assumindo como referência a estratégia nacional e correspondentes populações-alvo a definir pela Direção-Geral da Saúde”, pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros divulgado esta quinta-feira.
As negociações entre a Johnson e Johnson, a AstraZeneca, o laboratório francês Sanofi-GSK e a Comissão Europeia poderão assegurar 27 centenas de milhões de doses de uma possível vacina para a Covid-19.
Segundo a notícia avançada ontem pela “TSF”, Portugal deverá receber o suficiente para vacinar dois terços da população residente em território nacional, ainda este ano e durante o próximo ano. De acordo com o Infarmed, a primeira remessa, um total de 690 mil vacinas, pode chegar já em dezembro.
A aquisição das vacinas será financiada pelo Instrumento de Apoio de Emergência que a Comissão Europeia criou durante a pandemia, sendo que ainda não se conhecem os preços.
A Comissão Europeia anunciou, no início da semana, um primeiro acordo com a farmacêutica AstraZeneca para a compra de 300 milhões de doses de uma potencial vacina contra a covid-19, com uma opção de mais 100 milhões em nome dos Estados-membros. Também em negociações está a Johnson e Johnson que poderá assegurar uma aquisição inicial de 200 milhões de doses e, posteriormente, mais 200 milhões.