Lesão cutânea

Urticária de pressão: o que é e como se trata?

Atualizado: 
28/04/2020 - 12:55
Já todos ouvimos falar em urticária - uma doença de pele relativamente comum e que resulta num quadro de lesão cutânea com comichão e/ou ardor -, no entanto, ignoramos que existem diferentes tipos desta patologia, uns com mais gravidade que outros. Hoje damos-lhe a conhecer a Urticária de Pressão.

Caracterizada pelo aparecimento súbito de lesões avermelhadas na pele, levemente inchadas e que provocam prurido (comichão) ou sensação de queimadura e ardor, a urticária surge pela libertação de histamina ou outras substâncias vasoativas pelas células da pele (mastócitos) que conduzem à inflamação dos tecidos. De acordo com a médica alergologista, Mariana Couto, esta libertação de histamina “pode acontecer devido a múltiplas causas, entre elas uma reação alérgica”. No entanto, em muitos outros casos esta ativação dá-se por meio de estímulos não-alérgicos o que leva a que nem sempre seja possível identificar a causa desta doença.  

O que é a urticária de pressão?

A urticária de pressão é um tipo raro de urticária induzida por estímulo físico, neste caso, por pressão na pele. Esta pode surgir imediatamente após o estímulo, causando edema pequeno e eritema local, ou ao fim de algumas horas. Segundo a especialista, “nestes casos as lesões podem surgir entre 3-12 horas após o estímulo mecânico”, designando-se de urticária de pressão tardia.

Esta pode atingir:

  • os pés, pelo uso de sapatos fechados e apertados ou por passar muito tempo em pé;
  • a cintura, ao usar roupas com cintura apertada;
  • as nádegas, pelo estímulo de ficar sentado durante muito tempo;
  • ou nas palmas das mãos, pela pressão exercida em determinados trabalhos.

Quais os sintomas?

Embora se caracterize igualmente pelo aparecimento de placas avermelhadas, estas costumam apresentar maior relevo (ou seja, são mais elevadas), têm um aspeto mais endurecido e, em vez de comichão, causam mais dor ou sensação de queimadura, acometendo apenas a área submetida a pressão.

Sabe-se ainda que é muito comum este tipo de urticária estar associado a outros, como a urticária crónica espontânea.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da urticária é clínico, sendo feito pela observação de lesões características e história típica de aparecimento rápido. No caso das urticárias físicas (induzidas pelo estímulo físico), “além da observação das lesões, o médico também pode decidir fazer alguns exames com estímulos mecânicos”, esclarece a alergologista.

Qual o tratamento?

O tratamento da urticária tem como objetivo aliviar ou eliminar os sintomas, no entanto, “não resolve o mecanismo que produz a urticária”, o que significa que, nestes casos, o doente poderá levar mais tempo a responder ao tratamento realizado com anti-histamínicos ou antialérgicos. O seu uso poderá ser mais prolongado.

Em matéria de prevenção, depois de identificados, deve evitar, tanto quanto possível, os fatores desencadeantes.  

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Fonte: 
Manuais MSD
Pedipedia
Saúde e Bem Estar
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
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