Os direitos dos doentes como porta de entrada para uma Medicina mais humana e respeitadora
Dos valores fundamentais reconhecidos pela Carta, encontram-se o direito a medidas preventivas, ao acesso a cuidados de saúde, à informação, ao consentimento informado, à livre escolha de tratamento, à privacidade e confidencialidade, ao respeito pelo tempo de tratamento, ao cumprimento de padrões de qualidade, à segurança, a métodos inovadores de tratamento e diagnóstico, a evitar dor e sofrimento desnecessários e o direito a tratamento personalizado.
O direito à escolha será, portanto, o direito por excelência, a partir do qual germinam todos os outros. A autodeterminação nasce com o indivíduo e transforma, assim, o doente num consumidor de cuidados de saúde. Por essa razão, o doente, devidamente informado, deve ter na mão a liberdade de escolher e decidir sobre a terapêutica e os cuidados de saúde que considera mais adequados às suas necessidades.
Para a Homeopatia, o respeito e a valorização do indivíduo estão acima de todas as prioridades. O indivíduo não é um mero espetador da sua saúde, pelo que, uma vez informado, com rigor e em consciência, deve ser-lhe permitido decidir sobre os aspetos que à sua saúde dizem respeito. Desta forma, será um agente ativo da sua saúde, informado e participativo, com uma visão alargada que lhe permitirá contribuir para uma Medicina mais humana e, por consequência, para o equilíbrio dos sistemas de saúde.
No passado dia 18 de abril assinalou-se o Dia Europeu dos Direitos dos Doentes e urge realçar a importância da disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e qualidade dos cuidados de saúde e a forma como a Homeopatia – assim como outras Terapêuticas Não Convencionais (TNC) – assume um nítido respeito pelo equilíbrio e a complementaridade, numa abordagem totalmente multidisciplinar e de respeito pela Saúde. O reconhecimento e a confiança que as TNC têm despertado nas populações ao longo das décadas advém precisamente da forma eficaz como respondem e respeitam as necessidades individuais.
É com base neste respeito, equilíbrio e complementaridade, criando um sistema integrado onde todos os agentes da saúde têm voz, que alcançamos a tão desejada abordagem multidisciplinar que abre portas à melhoria da qualidade dos cuidados de saúde em todo o mundo.