Estudo

92% dos pais portugueses querem ter um papel ativo na alimentação dos bebés

O inquérito, feito em 14 países a uma amostra de 3.594 utilizadoras da App Pregnancy+ (disponível também em português como Gravidez+), demonstra que 92,8% dos pais portugueses quer estar envolvido na alimentação dos seus filhos, mais de 10% acima da média dos países respondentes, que é de 81%. No entanto, só pouco mais de metade dos portugueses (54%) participa na tarefa de limpeza dos biberões e do material de extração de leite materno e na pesquisa de mais informação acerca do aleitamento (54%).

Os resultados da pesquisa indicam que praticamente todas as mães entrevistadas querem que os seus parceiros se envolvam em todos os aspetos do cuidado com o bebé. Globalmente, 65% das mães querem que os seus parceiros as ajudem na preparação do biberão e 63% esperam ajuda para alimentar o recém-nascido durante a noite.

Embora 8 em cada 10 homens desempenhem tarefas como acalmar o bebé, menos de metade estão envolvidos na limpeza dos acessórios de aleitamento ou pesquisa acerca do mesmo. Isto significa que há vários aspetos do cuidado com os recém-nascidos que estão sobretudo a cargo das mulheres e que existe a necessidade de treino e formação dos parceiros. Aliás, 76% das entrevistadas consideram que faz falta mais informação para que os seus parceiros as ajudem no processo de aleitamento materno. Há cada vez mais evidências de que a formação dos pais acerca dos benefícios da amamentação pode duplicar a probabilidade de que os bebés sejam alimentados exclusivamente a leite materno durante os primeiros seis meses de vida.

O apoio aos pais que querem promover a amamentação é essencial, sobretudo quando as mulheres têm cada vez menos tempo e devem compatibilizar a maternidade com a carreira profissional. Os seus parceiros podem ter um papel mais ativo no aleitamento e, felizmente, muitos afirmam querer fazê-lo, de acordo com a pesquisa. Vários estudos indicam que as mulheres que recebem apoio dos seus parceiros estão mais propensas a iniciar e manter o aleitamento materno por mais tempo. Paralelamente, a participação ativa dos pais na alimentação do bebé favorece os laços afetivos entre os dois no pós-parto, o que se traduz em vários benefícios para o recém-nascido, como maior ganho de peso em crianças prematuras.

Fonte: 
Ipsis
Nota: 
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Foto: 
Ipsis