A profissão de enfermeiro é a mais confiável para mais de 90 % da população adulta
De facto, a primeira referência a um Enfermeiro aparece no ano de 1268, num documento associado à Ordem de Avis, porém a sua profissionalização surge em 1860 quando Florence Nightingale funda a Escola de Enfermagem do Hospital de St. Thomas em Inglaterra. Por outro lado, segundo estudos recentes (2017) a profissão de Enfermeiro é a profissão mais confiável para a população adulta, afirma o estudo que 94% das pessoas confiam que os Enfermeiros lhe dizem a verdade.
Estes dados conferem ao Enfermeiro uma responsabilidade e uma oportunidade para marcar a singularidade e a contribuição significativa dos profissionais de enfermagem para o desenvolvimento e manutenção do sistema de saúde português.
Um dos grandes desafios colocados na atualidade é de reorganizar os cuidados domiciliários dado às alterações demográficas (inversão da pirâmide etária), altas hospitalares precoces, aumento de doenças crónico-degenerativas e o maior grau de dependência das pessoas.
É consensual a necessidade de incrementar os cuidados de saúde domiciliários. Deste modo, qual o papel do Enfermeiro nos cuidados prestados no domicílio? O Enfermeiro assume-se como mediador entre as necessidades e os recursos e o apoio técnico-científico e emocional da pessoa e da família. O cuidar no domicílio requer do Enfermeiro: a enfâse na educação para a saúde da pessoa e família; a avaliação da casa, para criar um ambiente favorável; a compreensão dos recursos da comunidade; a utilização da evidência para se adaptar aos cuidados em casa; a assunção de um papel de advogado para capacitar a pessoa e a família; e que seja uma influência no sistema de cuidados de saúde.
Olhando para o futuro, o Enfermeiro terá, também, um papel preponderante no Compromisso Nacional por uma Agenda de Valor em Saúde em Portugal. Está no ADN do Enfermeiro colocar o cliente no centro do sistema de saúde e obter os melhores resultados e aumento de qualidade de vida de todos indivíduos, famílias e comunidades.”
João Rombo - enfermeiro, diretor da IberSaúde