Portugal ocupa quinto lugar dos países com melhor acesso a contracetivos
A lista consta do “Atlas da Contraceção 2019”, ontem divulgado em Bruxelas, uma iniciativa do Fórum Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento - que reúne vários Estados-membros da União Europeia (UE) -, e de vários especialistas em educação sexual e saúde reprodutiva criada para monitorizar a aposta dos países nesta área.
De um total de 46 países da UE e outros (como a Rússia, Turquia, Bielorrússia, entre outros), Portugal ocupa a quinta posição com uma avaliação de 78,1%.
À frente fica a Bélgica (90,1%), França (90,1%) e Reino Unido (87,6%) – países que assumem a liderança pelo terceiro ano consecutivo –, e a Holanda (81,1%).
Dos países com melhores resultados fazem ainda parte o Luxemburgo (75,3%) e a Alemanha (75,1%).
Segundo o Atlas, que é atualizado anualmente, estes países têm medidas para comparticipar métodos contracetivos, disponibilizam este apoio principalmente à população mais vulnerável – como jovens e carenciados – e prestam ainda planeamento familiar gratuito.
Acresce que divulgam informação sobre este assunto na internet.
Apesar de reconhecerem melhorias na aposta dos países na área da contraceção, nomeadamente na Albânia, Andorra, Finlândia e Grécia, os promotores sublinham que os governos, nomeadamente os europeus, “têm de fazer mais para melhorar o acesso a métodos contracetivos”.
Entre os países piores classificados no ‘ranking’ está a Bielorrússia (44,3%), a Rússia (42,8%) e a Polónia (31,5%), sendo que este ocupa o último lugar na lista.
O estudo demonstra ainda que 43% das gravidezes na Europa não são planeadas, apesar de 69% das mulheres europeias usarem métodos contracetivos.
Para realizar o estudo, são tidas em conta as medidas adotadas por cada país, bem como a informação disponibilizada.
Em Portugal, faz parte do Fórum Parlamentar Europeu sobre População e Desenvolvimento a Associação para o Planeamento da Família.