Idosos que (ainda) têm uma vida sexual ativa têm mais qualidade de vida
Sentem-se melhor, mais vivos e queixam-se menos de problemas de saúde. Os idosos que (ainda) têm uma vida sexual ativa têm mais qualidade de vida do que os outros. A garantia é dada pelos investigadores da Anglia Ruskin University e do University College London (UCL) que, em conjunto, levaram a cabo um novo estudo internacional que a publicação especializada Sexual Medicine acaba de divulgar na sua última edição.
Depois de analisar as respostas dos 6.879 adultos com idades entre os 65 e os 80 anos ao inquérito que promoveram, os cientistas ficaram surpreendidos com as respostas dos 40% que garantem que fazem sexo com regularidade, concluindo que os que têm uma vida sexual ativa são pessoas mais felizes, satisfeitas e realizadas, apresentando índices que permitem medir os níveis de qualidade de vida superiores à média.
No caso das mulheres, escreve o Sapo, as que são beijadas e/ou acariciadas mais vezes evidenciam, em média, indicadores próximos dos homens que fazem mais sexo. "Os resultados deste estudo indicam que o coito é mais importante para os homens mais velhos do que para as mulheres mais velhas", refere a publicação. "Os profissionais de saúde têm de perceber que os adultos mais velhos não são assexuados", sublinha Lee Smith.
Uma noção que, na opinião do investigador da Anglia Ruskin University, muitos não têm. "As pessoas mais velhas não são, por norma, encorajadas a experimentar novas posições [sexuais] nem a explorar diferentes tipos de atividades [sexuais]", critica o cientista. "As descobertas do nosso estudo sugerem que pode ser benéfico para os médicos questionar os pacientes mais velhos sobre a sua atividade sexual", realça Lee Smith.
"Os profissionais de saúde devem oferecer-lhes ajuda para [lidarem com possíveis] dificuldades sexuais, como problemas com ereções, já que a atividade sexual ajuda as pessoas mais velhas a viverem vidas mais gratificantes", afirma ainda o investigador, adepto de (novas) políticas de saúde que incentivem as pessoas mais idosas a ir mais longe no que se refere ao sexo, explorando posições sexuais como as que pode ver de seguida.