Idosos e crianças são grupos de risco, mas todos devem cumprir com alguns cuidados
“Nos idosos o principal problema é a sua menor capacidade de termorregulação, ou seja, o seu organismo não tem a mesma capacidade para dar resposta às elevadas temperaturas. Além disso, este é um grupo etário que toma, na sua grande maioria, medicação e existem algumas situações que reduzem a sensação de calor, ou a sensação de sede, além de poderem interferir com o equilíbrio dos líquidos.” As crianças são igualmente um grupo de risco “porque são particularmente sensíveis à desidratação e porque até uma certa idade não se conseguem exprimir, por exemplo para pedir água”.
Contudo, ainda que estes sejam os dois grupos mais vulneráveis nesta altura de calor, o especialista alerta que os cuidados devem ser tidos por todos: “beber água, mesmo quando não se sente sede, garantindo uma correta hidratação; optar por locais mais frescos e evitar andar na rua nas horas de maior calor ou ir à praia nestes períodos, principalmente com crianças; preferir comidas mais frescas e leves, comendo mais vezes ao longo do dia e evitando grandes quantidades de cada vez, assim como alimentos não conservados no frio, não frescos, não preparados na altura e excesso de bebidas alcoólicas.”
Nos períodos em que as temperaturas estiverem mais elevadas, um duche de água tépida ajuda a controlar o calor. Evitar cozinhar no forno, que contribui para o aquecimento da casa; usar roupa mais clara, menos apertada e mais fresca, optando por roupas de algodão, em detrimento das roupas sintéticas; não esquecer a proteção da cabeça e dos olhos, usando um chapéu e óculos de sol (mesmo as crianças); e usar protetor solar no dia-a-dia são mais alguns conselhos que o internista nos deixa para que possamos passar estes dias de calor com maior qualidade. Afinal, pedimos o verão e ele não nos falhou!