Região Norte conta com 289 novas vagas para médicos de diferentes especialidades
No âmbito de uma “política levada a efeito pelo atual Governo e Tutela do Ministério da Saúde, a região Norte foi de novo contemplada com mais 289 vagas para médicos”, nas áreas hospitalar, cuidados de saúde primários e Saúde Pública, lê-se num comunicado divulgado ontem à tarde pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte).
No documento sobre a distribuição do número de postos de trabalho divulgado hoje no Diário da República pode ler-se que há um total de "67 vagas" para os agrupamentos dos centros de saúde/unidades funcionais no Norte.
No Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro abrem 28 vagas, para o de Vila Nova de Gaia/Espinho há 22, o Centro Hospitalar do Porto acolhe 18, no do Tâmega e Sousa abrem 25 e no de Santa Maria Maior, em Barcelos, quatro.
O Hospital da Senhora de Oliveira - Guimarães tem 12 vagas para atribuir, o Centro Hospitalar do Médio Ave três, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos 13, a do Nordeste 17 e a do Alto Minho 15, enquanto o Hospital Magalhães Lemos abre duas e o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil - Porto oito, refere o mesmo documento.
O centro Hospitalar de São João tem 20 vagas para atribuir, o de Entre o Douro e Vouga 23 e a Administração Regional de Saúde do Norte tem oito vagas (cinco para médicos de saúde pública, duas para pediatria e uma para medicina no trabalho).
O Governo abriu ontem concurso para contratar 1.234 médicos que terminaram a especialidade nas áreas hospitalar, de medicina geral e familiar e de saúde pública e os despachos que abrem concurso para os novos médicos foram hoje publicados em Diário da República.
Para os hospitais vão abrir 839 vagas, para a medicina geral e familiar estão destinadas 378 vagas e há 17 para a área da saúde pública.
Segundo a ARS Norte, o concurso que visa contratar 289 médicos para a região Norte atribui incentivos a médicos que optem por se fixarem no Nordeste Transmontano e em Trás-os-Montes e Alto Douro, uma área considerada “mais carenciada” e, numa segunda vertente, incentivos para “as instituições com maior escassez de recursos”, refere o mesmo comunicado da ARSN.
“A par de um conjunto de reformas, da aposta nos cuidados de proximidade e de tantos outros investimentos – em instalações e renovação de equipamentos, meios técnicos e noutras carreiras profissionais – também este concurso vem demonstrar o empenho do Governo na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da melhoria de resposta aos cidadãos bem como da criação de estabilidade aos profissionais e às instituições”, concluiu o comunicado.
O Ministério da Saúde disse ontem que as vagas a abrir nesta primeira fase “representam o maior número dos últimos anos”.
“A distribuição de vagas teve como base um conjunto de critérios que consideram as necessidades de cada instituição do SNS, com especial enfoque nas regiões do interior e Algarve”, refere uma nota do Ministério da Saúde.
A abertura de vagas para medicina geral e familiar vai permitir que sejam atribuídos médicos de família a mais 500 mil portugueses, disse o secretário de Estado da Saúde, Fernando Araújo, em declarações aos jornalistas a propósito dos despachos hoje publicados com a abertura de concurso para novos médicos.
Nos últimos dias, várias estruturas médicas tinham contestado a contratação de médicos aposentados para o SNS antes da abertura dos concursos para os recém-especialistas que concluíram há meses a sua formação.
Ordem dos Médicos, Sindicato Independente dos Médicos, Federação Nacional dos Médicos e Associação das Unidades de Saúde Familiar exigiam que a contratação de médicos aposentados só fosse feita após a colocação dos mais de mil médicos recém-especialistas que concluíram a sua formação especializada há mais de três meses.