Diagnóstico precoce reduz consequências negativas da PHDA
Atualmente estima-se que cerca de 4 por cento dos adultos sofra desta perturbação que se manifesta através da conjugação de uma variedade de sintomas, nomeadamente: desorganização; incapacidade de foco; distração constante; inquietude (por exemplo ao mexer os pés e braços constantemente quando se está sentado/a); falar excessivamente; dificuldade em realizar atividades que requeiram calma e esforço mental (como ler um livro); impaciência; vontade de interromper os outros com frequência; e propensão para praticar ações que possam colocar em risco a si mesmo/a e aos outros, o que pode resultar em comportamentos adictos, como abuso de álcool, drogas, ou até mesmo de jogos e internet.
Normalmente os indivíduos com PHDA são apontados pelos seus familiares, amigos e colegas como sendo apenas distraídos e desassossegados. No entanto, importa perceber que existem alguns fatores que provam a real presença de uma doença, e não apenas a existência de caraterísticas isoladas. Destaca-se a extensa duração da ocorrência dos sintomas (que tendem a agravar-se com o passar do tempo), e a multiplicidade de locais onde estes se podem manifestar, quer seja em casa, no trabalho, espaços públicos, etc.
Esta perturbação acaba por afetar o indivíduo em diferentes instâncias do seu dia-a-dia, seja a nível pessoal, profissional, social e/ou emocional. Em consequência, um adulto que sofra de PHDA está predisposto a desenvolver outro tipo de doenças, tais como ansiedade, depressão ou perturbações do sono.
Importa destacar que o diagnóstico atempado, assim como o tratamento e o acompanhamento adequados são essenciais para ajudar os adultos a gerir a PHDA, de modo a reduzir as consequências negativas e a promover a qualidade de vida dos indivíduos e respetivas famílias.
Como resposta aos adultos que sofrem desta doença, a Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) disponibiliza uma consulta de Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção, através da qual se aposta numa abordagem terapêutica que inclui intervenções psicoterapêuticas e farmacológicas. Habitualmente (e a longo prazo), a combinação das duas opções traz resultados mais positivos. Contudo, em casos mais isolados e a curto prazo, a eficácia do tratamento é alcançada com o uso de fármacos.