Condições sanitárias condicionam irradicação da Malária
A Malária é uma doença infeciosa transmitida pela picada do mosquito (Anopheles) infetado por um parasita designado Plasmodium.
Quando a doença é adquirida pelo homem se não for tratada pode ser fatal.
É uma doença endémica que existe em 107 países dos cinco continentes. A distribuição e o risco de aquisição não é uniforme dentro do mesmo país.
Em 2015 Moçambique registou 8.3 milhões de novos caos, sendo que 15 milhões de pessoas morreram nesse ano devido à Malária
Moçambique e Angola encontram-se entre os oito países em que o número de mortes é mais elevado.
Em termos globais a taxa de mortalidade nestes dois países é 7%.
Desde 2010, a taxa de mortalidade por Malária tem vindo a diminuir numa percentagem aproximada de 30%, sendo explicada esta diminuição pelas medidas adotadas para a sua prevenção.
Constatou-se que em Moçambique mais de 60% da população começou a usar redes mosquiteiras tratadas com inseticidas.
Por sua vez em Angola em 2015, surgiram 3,1 milhões de novos casos dos quais faleceram 14 mil pessoas devido à doença.
Em Timor e Cabo Verde o atingimento da doença tem vindo a diminuir havendo um investimento muito grande no uso de mosquiteiras.
Em Cabo Verde, Zâmbia e Zimbabué, mais de 80% da população em risco dorme com mosquiteiras ou vaporização residual.
Prevê-se que em 2025 a irradicação seja uma realidade (este dados foram retirados do Relatório da OMS), nestes dois países, o que demonstra claramente a eficácia de adoção de medidas profiláticas simples mas importantes.
Porém, em 2015 e com base no relatório anual da OMS o número de mortes em todo o mundo, causado por esta doença ainda foi muito elevado tendo sido registadas 429 mil óbitos devidos ao paludismo.
De acordo com o mesmo documento, aproximadamente 75% das mortes provocadas pela Malária centraram-se em 13 países, com o foco mais elevado na Africa Subaariana.
A Nigéria é o país com maior taxa de mortalidade (26% do total de mortes)estando em segundo lugar a Republica do Congo com 10% , seguida da India, com 6%, o Mali com 5%, a Tanzânia e Moçambique com 4% cada um, Burquina Faso, Angola e Costa do Marfim, Uganda e Quénia com 3%.
Ainda não existem vacinas para prevenir esta doença ( prevê-se que seja uma realidade a curto prazo), sendo imprescindível sensibilizar a população para a implementação de medidas preventivas gerais e especificas, designadamente o alargamento na utilização de mosquiteiras impregnadas de insecticida, pulverização do domicilio e instituição de fármacos que irão proteger e minimizar o risco do aparecimento do paludismo.
A nível farmacológico são usados os anti-malários na prevenção e tratamento da doença.
Os primeiros sintomas da doença são febre, dores de cabeça e vómitos que surgem entre 10 a 15 dias depois da picada do inseto infetado.
A melhoria das condições sanitárias (água potável, saneamento básico, medidas de higiene) e das condições precárias em vivem alguns residentes destes países são determinantes para a irradicação da doença.
Nos países africanos, malaria é provocada pelo "Plasmodium falciparum", que é o mais perigoso para o homem e que provoca cerca de 90% da mortes. Este parasita é altamente mortífero.
Por sua vez no Brasil é o Plasmodium vivax que provoca cerca de 80% dos casos de doença.
Aconselha-se a profilaxia da Malária a todos os viajantes cujo destino esteja abrangido pela endemia da doença, mesmo que a permanência e a estadia nestes países seja pequena.