Afinal, qual a origem genética do cancro da mama?
![](https://www.atlasdasaude.pt/sites/default/files/styles/medium/public/field/image/mulher_cancro_mama_mamografia_ss.jpg?itok=J6zVMgUC)
De acordo com Ana Teresa Maia “Sabemos que o cancro da mama tem uma forte componente genética, ou familiar, e no nosso trabalho pretendemos identificar novos marcadores de risco, que nos permitam não só avaliar a predisposição de cada mulher de uma forma individualizada e eficiente mas também nos proporcione pistas biológicas para pudermos desenvolver terapias preventivas. Sabe-se hoje que milhões de pequenas diferenças no ADN de cada pessoa, chamadas polimorfismos, são o que nos dão a nossa individualidade, de sermos altos ou baixos, gordos ou magros, e de termos maior ou menor predisposição para doenças como o cancro ou a diabetes. Cada pessoa nasce com uma combinação única destes polimorfismos, e como tal tem um risco único e individual para o cancro.”
A cientista acrescenta ainda que “Neste estudo, o nosso objetivo é estudar algumas regiões genéticas que se suspeita que estejam associadas a um risco aumentado para cancro da mama. O nosso trabalho preliminar permitiu-nos identificar polimorfismos nestas regiões que são fortes candidatos a serem os causadores do risco aumentado. No estudo vamos validar estes novos marcadores e desvendar os mecanismos biológicos pelos quais atuam.”
Ana Teresa Maia foi uma das premiadas da primeira edição da Maratona da Saúde, em 2014,onde recebeu 25.000€ para o desenvolvimento do seu estudo, designado de “À descoberta da importância da cis-regulação na suscetibilidade do cancro da mama”, e que brevemente irá apresentar quais os resultados obtidos – “O Prémio Maratona da Saúde permitiu-me estabelecer a minha equipa de investigação na Universidade do Algarve, o que nos veio possibilitar o desenvolvimento do programa de investigação.”