Açores lançam plano de combate ao tabagismo em 2018

“Temos um consumo elevado de tabaco e, como tal, pretendemos apresentar um plano de ação que faça com que haja uma redução efetiva do consumo de tabaco”, adiantou o secretário regional da Saúde, Rui Luís.
O governante falava hoje, em Angra do Heroísmo, à margem de quarta reunião de 2018 do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores, a quem pediu parecer sobre o plano de combate ao tabagismo.
Segundo Rui Luís, o plano prevê uma ação para evitar que as pessoas comecem a fumar, uma para apoio à cessação tabágica, um conjunto de ações para proteger os não fumadores do fumo passivo e a monitorização do consumo do tabaco na região.
De acordo com dados do Inquérito Regional de Saúde, em 2014, cerca de 27,6% dos açorianos entre os 20 e os 74 anos fumava diariamente e 45,6% admitia fumar na presença de outras pessoas, incluindo crianças.
A tutela implementou no início deste ano letivo um programa nas escolas para incentivar os alunos do 4.º ano do ensino básico a convencerem os pais a deixarem de fumar em casa e no carro.
Outro dos pontos na agenda da reunião do Conselho Consultivo de Combate à Doença Oncológica nos Açores foi a adaptação do registo oncológico regional à legislação recente que criou o registo oncológico nacional.
“Estamos a preparar-nos para publicar em 2018 um conjunto de informação do registo oncológico regional que vai do ano 2012 até ao ano de 2016, porque a última publicação é de 2015 e refere-se a dados de 2011. Há aqui a necessidade de atualizar estes dados”, adiantou o secretário regional da Saúde.
Entre 2007 e 2011 foram detetados, em média, 1.050 casos de cancro por ano nos Açores, segundo dados do registo oncológico regional, com predominância para os cancros da próstata, do pulmão e da mama.
Segundo Rui Luís, a prioridade em 2018 é a publicação do registo oncológico para que esses dados permitam estudar as causas do cancro na região.
“O registo oncológico é fundamental para nós percebermos o tipo de cancros que existem e em que zonas existem para depois se poder efetivamente estudar as causas deste mesmo aparecimento dos cancros”, frisou.