Centro Hospitalar de Gaia inaugura aparelho de TAC de terceira geração
Os dois novos equipamentos foram instalados no Serviço de Cardiologia para fazer face a uma lista de espera de 200 doentes, sendo inaugurados na presença do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
A compra do aparelho de Tomografia Axial Computorizada (TAC) foi possível devido à doação de 1,7 milhões de euros da família do empresário Américo Amorim e o angiógrafo foi custeado pelo Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE). O investimento total ultrapassa dois milhões de euros.
O angiógrafo, segundo o diretor do serviço de cardiologia do Centro Hospitalar, Vasco Gama Ribeiro, "vai encurtar as listas de espera de doentes a necessitar de cateterismo", que se situa atualmente em duas centenas de pessoas.
Vasco Gama Ribeiro explicou também que a chegada do aparelho de TAC representa "uma reviravolta muito grande em termos de imagem da cardiologia porque vai permitir estudar mais doentes, mais rapidamente e com mais qualidade, estudando ao mesmo tempo a função integrada com a imagem, o que é um novo paradigma na cardiologia".
Por resolver está o facto de o hospital ter uma sala para tratamentos "já com 12 anos e que já deveria ter sido substituída, porque o tempo de vida útil são 10 anos", frisou o diretor do serviço informando que o ministro "está aberto a outras possíveis doações, ou acordos, para rapidamente mudar este equipamento".
E num hospital onde a "insuficiência de camas é muito grande", problema que já se tornou "crónico", Vasco Gama Ribeiro deu conta de "alertas" aos sucessivos conselhos de administração, argumentando tratar-se de "um serviço de fim de linha" e, por isso, destino de "todos os doentes mais graves".
"Neste momento temos oito doentes no serviço de urgência à espera de camas no serviço", lamentou.
O ministro Adalberto Campos Fernandes enquadrou a sua presença em Vila Nova de Gaia no âmbito de "uma fortíssima vaga de investimento no Serviço Nacional de Saúde", recordando que os "primeiros dois anos da legislatura foram muito intensamente consagrados ao capital humano".
"Sempre dissemos que na segunda metade haveria que resolver o problema das dívidas, o problema dos pagamentos em atraso e começar uma vaga fortíssima de investimento", salientou o ministro, antes de enumerar os "três hospitais novos" lançados e um quarto que "virá a caminho", bem como a construção de 90 centros de saúde.
"Estamos a trabalhar num programa de investimento que até 2019 deixará nos seus 40 anos o Serviço Nacional de Saúde como ele nunca esteve”, acrescentou
Escusando-se a comentar as afirmações do Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães de que "em Portugal não há um único hospital que não tenha um aparelho avariado", Campos Fernandes elogiou a família Amorim pela doação feita ao CHVNGE e que permitiu a compra do novo aparelho de TAC.