Hospitais criam rede para melhorar na área de implantes cocleares

Segundo Leonel Luís, diretor do serviço de otorrinolaringologia do hospital de Santa Maria, em Lisboa, está hoje a decorrer em Coimbra uma primeira reunião de trabalho entre os profissionais dos serviços das unidades hospitalares para arrancar com o trabalho em rede na área dos implantes cocleares, usados em surdos profundos.
A ideia do hospital de Santa Maria é "levar a experiência" do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) "para o maior serviço de otorrino do país", no Santa Maria.
O CHUC realizou nos últimos 30 anos mais de um milhar de implantes cocleares e tem sido o centro de referência nesta área.
Segundo disse o diretor do serviço de otorrino do Santa Maria, em Portugal fazem-se entre 120 a 130 implantes cocleares por ano, sendo cerca de 80 são em Coimbra.
"Queremos dar o salto em termos de quantidade e de qualidade e trabalhar em rede no Serviço Nacional de Saúde", afirmou.
Passará, por exemplo, a haver consultas de decisão entre Santa Maria e Coimbra e o objetivo é, segundo Leonel Luís, é "permitir que os hospitais possam operar os doentes com proximidade".
"A ideia é passarmos a dar resposta", disse, lembrando que o Santa Maria realiza apenas dois ou três implantes cocleares por ano.
Já este ano, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul tem criticado o serviço de otorrino de Santa Maria, nomeadamente pelo que considera ser o suspender do programa de cirurgias de implantes cocleares, uma acusação que Leonel Luís rejeita.