No privado

MURPI rejeita aumento dos copagamentos dos beneficiários da ADSE

A confederação de reformados rejeitou hoje “qualquer aumento dos copagamentos” dos beneficiários da ADSE nas consultas e defende que as atualizações de preços praticados junto dos prestadores devem ser suportadas pelo sistema de saúde da função pública.

Segundo uma proposta do conselho diretivo da ADSE, os beneficiários da ADSE podem passar a pagar mais 1,51 euros nas consultas de clínica geral no privado e mais 1,01 euros nas de especialidade, a partir de janeiro.

A proposta do conselho diretivo da ADSE, que foi enviada ao conselho geral e de supervisão para apreciação, prevê que, a partir de janeiro, os beneficiários do sistema de saúde da função pública que recorram aos privados com acordo com a ADSE passem a pagar cinco euros por consulta em ambos os casos.

Se a proposta for adiante, também os encargos suportados pela ADSE com as clínicas privadas poderão subir 4,03 euros nas consultas de clínica geral e 0,53 euros nas de especialidade, para 20 euros.

Num comunicado hoje divulgado, a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) rejeita “qualquer aumento dos copagamentos dos beneficiários”, alegando que estes descontam mensalmente 3,5% dos seus vencimentos ou das suas pensões para poderem aceder ao esquema de benefícios da ADSE.

“É preciso recordar que este desconto sofreu um aumento de 133% entre 2013 e 2014”, salienta a confederação.

Para o MURPI, qualquer atualização de preços praticados junto dos prestadores deve ser “integralmente suportada pela ADSE”.

Lembra ainda que a ADSE é o sistema complementar de saúde dos trabalhadores da administração pública, “uma conquista dos trabalhadores, sendo que a sua sustentabilidade deve ser alcançada com a entrada de novos trabalhadores para os quadros da administração pública”.

A entrada de novos trabalhadores iria “colmatar a enorme carência generalizada de trabalhadores, em especial nas áreas da educação, da saúde e da segurança social”, sublinha o MURPI no comunicado.

Segundo o documento assinado pelo presidente da ADSE, Carlos Baptista, a proposta “procura introduzir mecanismos de combate à fraude” no caso dos transportes, nas cirurgias de preços globais, na faturação de medicamentos durante o internamento e tratamentos do foro oncológico.

Além disso, “permite criar limites à faturação” apresentada pelas entidades convencionadas, acrescenta o responsável pela ADSE.

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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