Estudo

Stresse crónico associado ao cancro

Um grupo de investigadores de universidades de Londres, Edimburgo e Sydney apurou um risco de morte 32% mais elevado. No Canadá, cientistas descobriram que uma menor ansiedade favorece a cura.

Quem sofre de stresse crónico, associado a casos de depressão e de ansiedade, tem uma maior probabilidade de vir a morrer de cancro. Com base numa amostra de mais de 160.000 participantes, proveniente de 16 estudos realizados entre 1994 e 2008, inicialmente sem diagnóstico de cancro, um grupo de investigadores de universidades de Londres, Edimburgo e Sydney apurou um risco de morte 32% mais elevado.

O cancro colorretal, o cancro da próstata, o cancro do pâncreas, o cancro do esófago e a leucemia são as patologias em que os antecedentes de stresse crónico mais matam, escreve o Sapo. Os investigadores descobriram ainda que, para os casos do cancro colorretal e do da próstata, havia um efeito dose-resposta. Quanto maior o nível de stresse, maior a probabilidade de se morrer destes tipos de cancro.

Ainda que os investigadores reconheçam serem necessários mais estudos para clarificar em que medida existe uma causa-efeito entre a ansiedade e o cancro, as conclusões apresentadas são já motivo suficiente para se procurar ajuda, mesmo quando o problema é apenas stresse, recomendam os especialistas envolvidos. Em abril, uma outra investigação canadiana veio apontar no mesmo sentido.

Um grupo de cientistas da Concordia University e da University of Toronto, que acompanhou 145 mulheres que sobreviveram ao cancro da mama, concluiu que menores níveis de stresse, de culpa e de ansiedade têm efeitos benéficos na luta contra a doença. O estudo, publicado no jornal especializado Health Psychology, garante que um maior combate das emoções negativas nesta fase favorece a cura da patologia.

Fonte: 
Sapo
Nota: 
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