Sede da EMA no Porto seria justo reconhecimento a Portugal

“Nós entendemos que a ida da EMA para o Porto é também o reconhecimento daquilo que tem sido o trabalho dos portugueses, o trabalho de Portugal, e nesse sentido temos sensibilizado também as autoridades com quem temos falado que Portugal merece este tipo de reconhecimento, porque está a fazer aquilo que lhe compete”, afirmou Adalberto Campos Fernandes.
O ministro, que falava aos jornalistas após encontros, na sede do executivo comunitário, com o comissário europeu da Saúde, Vytenis Andriukatis, e com o comissário português Carlos Moedas, responsável pela pasta da Investigação, Ciência e Inovação, disse sair de Bruxelas “muito motivado” e confiante nas possibilidades do Porto, que considerou ter “uma candidatura com potencial de ganhadora”.
“O Porto mobilizou-se nos últimos meses e apresentou reconhecidamente uma candidatura de enormíssima qualidade. Estamos confiantes de que na primeira linha de apreciação que a Comissão está agora a concretizar, que é a apreciação técnica, sairemos muito bem”, declarou.
Classificando a ronda de contactos de hoje em Bruxelas como “muito produtiva”, o ministro disse que o propósito das reuniões, que envolveram também os representantes permanentes dos Estados-membros, foi “explicar detalhadamente que o Porto tem uma candidatura muito forte, que está em condições de assegurar aquilo que é mais significativo para a EMA, que é a continuidade da atividade”.
Questionado sobre os méritos próprios da candidatura portuguesa, sublinhou que “o Porto tem a vantagem de ser uma cidade de média de dimensão, numa zona de grande atividade e dinamismo, não apenas económico mas também cientifico e cultural, vive num ambiente de segurança, representa um contexto de custos para os próprios trabalhadores da EMA que têm que se deslocar que é muito competitivo”, bem servido de transportes, e “tem um ambiente académico, cientifico, industrial muito relevante”.
“Portanto, consideramos que o Porto preenche as condições que a EMA necessita, num país que merece também ser reconhecido pela Europa por aquilo que está a ser a sua história de sucesso. Isto é uma maratona, ainda faltam cerca de 60 dias até à decisão final do Conselho, mas saímos daqui muito motivados e sobretudo confiantes de que estamos a fazer o nosso trabalho e confiantes de que a candidatura nacional portuguesa representada pela cidade do Porto é uma candidatura com potencial de ganhadora”, reforçou.
Acompanhado da secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, o ministro desvalorizou a ausência do presidente da Câmara Municipal do Porto nesta deslocação a Bruxelas, apontando que o autarca “está envolvido numa tarefa autárquica e em campanha eleitoral”, pelo que é perfeitamente compreensível que Rui Moreira não tenha podido participar nas reuniões hoje realizadas na capital da União Europeia.