Fraude com ovos contaminados remonta a setembro de 2016

“Dispomos de indicações de que este uso ilegal de fipronil (para desinfetar explorações de galinhas poedeiras) se arrastava desde 2016”, disse Sabine Julicher, diretora da Direção Geral de Segurança Sanitária da Comissão Europeia.
“Isto começou, segundo sabemos, em setembro de 2016”, precisou perante o Parlamento Europeu, explicando que se baseia nos registos históricos de certas empresas.
A contaminação de dezenas de milhões de ovos, resultante da desinfestação de explorações de galinhas poedeiras por um produto contendo fipronil, um antiparasitário forte estritamente proibido na cadeia alimentar, foi divulgada em agosto.
Esta crise afetou 22 países da União Europeia (Bélgica, Holanda, Alemanha, Suécia, França, Reino Unido, Áustria, Polónia, Roménia, Itália, Luxemburgo, Irlanda, Eslováquia, Eslovénia, Dinamarca, Espanha, Hungria, Finlândia, Bulgária, República Checa, Grécia e Estónia), mas também a Suíça, a Noruega e o Liechtenstein.
Nove países não europeus (Hong Kong, Líbano, Qatar, Arábia Saudita, Libéria, Rússia, África do Sul, Angola e Iraque) importaram igualmente lotes de ovos contaminados, segundo a Comissão Europeia.
A fraude foi sobretudo praticada na Holanda e na Bélgica, onde respetivamente 258 e 93 explorações foram interditadas pelas autoridades.