As vantagens da amamentação
O Aleitamento Materno pode ser uma das experiências mais recompensadoras na vida de uma mãe. Muitas mulheres sentem-na como a forma mais carinhosa, ternurenta, conveniente e acessível de alimentar o seu filho.
A mama é uma glândula e no seu interior existem pequenas bolsas compostas por células com capacidade para produzir leite, estando agrupadas e com canais que levam o leite até ao mamilo.
Durante a gravidez o corpo da mulher prepara-se para a amamentação, independentemente de quais os planos quanto ao aleitamento materno. O tamanho da mama não tem qualquer relação com a amamentação.
Pelas 6-8 semanas de gestação já é notório o aumento de volume da mama. Este deve-se ao aumento da gordura existente e do aumento glandular. Também a aréola mamilar aumenta e fica mais pigmentada e o mamilo mais firme.
Pelo 4º-5º mês de gravidez inicia-se a secreção de um líquido espesso e amarelado, o colostro, e que será também o primeiro leite produzido logo a seguir ao nascimento.
O colostro contém proteínas e outras substâncias suficientes para alimentar o bebé bem como anticorpos para o proteger de infecções.
Uns dias após o nascimento o colostro muda para o leite maduro.
Na altura da sucção os nervos que envolvem os mamilos enviam mensagens ao cérebro que liberta hormonas que vão facilitar a saída do leite. Há situações que podem interferir com este reflexo de uma forma negativa e que compromete a produção de leite, como a dor, a ansiedade e situações de stress. Por outro lado o choro do bebé, vê-lo e mesmo apenas pensar nele é o suficiente para facilitar a libertação do leite.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deverá ser mantido em exclusivo até aos seis meses de idade, quando possível, seguido de amamentação complementar até aos dois anos.
O leite materno é o melhor alimento para qualquer criança. Tem a quantidade certa de nutrientes que o bebé precisa, tais como açúcar, proteínas, vitaminas e gordura. Também é rico em anticorpos que protegem o bebé das doenças. Estas crianças têm menos infecções e alergias e têm um melhor funcionamento intestinal. A longo prazo há uma menor incidência de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e do aparelho digestivo.
Amamentar não tem o rigor de um horário e é mais económico que o leite artificial. Já está preparado e disponível em qualquer altura.
Os benefícios para a mãe também são significativos. A sucção leva à libertação de hormonas que vão acelerar o retorno do útero ao normal tamanho, e que são sentidas como contracções.
O início da amamentação deverá ocorrer o mais cedo possível após o nascimento, até aos 30 minutos de vida, assim o bem-estar da mãe e filho o permitam.
A amamentação pode-se prolongar pelo tempo que o desejar. Preferencialmente em exclusivo durante os primeiros 6 meses.
A suspensão do aleitamento materno é mais simples e confortável se acontecer de uma forma progressiva, indo substituindo as mamadas por leite artificial.
Depois da primeira semana de vida o bebé deverá começar a ganhar peso de uma forma consistente, sendo essa a melhor forma de avaliar se o leite materno é ou não suficiente. Também a troca de fraldas poderá ajudar, já que o habitual é ser necessário trocar 6 fraldas por dia e 2 a 3 dejecções de fezes semi-liquidas diárias.